Uma nova cultura de vida esteve
em destaque na Covilhã
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Monge budista
na Biblioteca Municipal
Encontrar a paz na meditação
Explicar que a meditação
é algo que qualquer pessoa pode aprender, praticar
e integrar no seu trabalho, na sua vida e até mesmo
na sua crença espiritual.
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Por Carina
Ascensão
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No passado dia 4 de Março,
pelas 21 horas, teve lugar, na Biblioteca Municipal da Covilhã,
uma conferência subordinada ao tema “Encontrar
Paz e Sabedoria na sua Própria Vida”. Esta
iniciativa teve como orador o monge budista Guen Kelsang
Tharpa, representante máximo na Península
Ibérica da Nova Tradição Kadampa (N.T.K.),
uma escola especialmente preocupada com a concretização
dos ensinamentos budistas na vida quotidiana.
Esta conferência surgiu após alguns pedidos
por parte de pessoas residentes na Covilhã com vontade
de saber o que é e como aplicar a meditação,
havendo já a ideia de que através da meditação
se consegue alterar a mente e ter uma vida melhor.
“Apesar de parecer que o exterior influencia a nossa
felicidade, a verdade é que esta depende do nosso
interior”, foi com esta ideia que o monge budista
Guen Kelsang Tharpa iniciou a conferência sobre meditação
perante uma plateia composta por 80 pessoas de diferentes
faixas etárias.
Segundo Guen Kelsang Tharpa, se a mente não está
em paz e se encontra turva, insatisfeita, não é
possível sentir paz, felicidade. Para o orador, o
problema é que cada vez mais a educação
se baseia numa acumulação de dados muito detalhada
que não se relaciona com a vida real. As pessoas
não são educadas para poder comunicar com
os outros, para sentir paz.
Durante a conferência defendeu-se a ideia de que a
concentração mental, a meditação
unida com a sabedoria, é o único método
para o Homem descobrir a capacidade de amar, a pureza interna,
que todos possuem dentro de si. Sendo a paz algo que depende
da forma como cada um vê as coisas. A aceitação,
a paciência, foram apresentadas como o mais importante
poder para se viver em paz, como o único meio de
sobreviver aos problemas.
Na perspectiva de algumas das pessoas presentes esta é
uma perspectiva muito individualista e utópica. Houve,
no entanto, quem considera-se que utópico e irrealista
é acreditar que o consumismo da sociedade actual
traz alguma felicidade.
O final da conferência deu lugar a um diálogo
entre o monge Guen Kelsang Tharpa e o público e ao
preenchimento de um questionário por parte das pessoas
com interesse em seguir na Covilhã aulas de meditação
semelhantes às do Centro da N.T.K. de Castelo Branco. |
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