No evento promovido pelo SPZC,
os docentes falaram sobre a problemática da indisciplina
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Associação
Sindical de Professores Licenciados
Professores discutem
o problema da indisciplina nas escolas
A Associação
Sindical de Professores Licenciados organizou um colóquio
na pas-sada sexta-feira, na UBI, para debater o problema
da “Indisciplina na Escola e na sala de aula”.
O atraso da colocação de professores e a
gestão inadequada do sis-tema educacional foram
algumas das questões abordadas ao longo do dia.
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Por Ana Almeida
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A Associação
Sindical de Professores Licenciados (ASPL), do executivo
de Castelo Branco, realizou um colóquio, no passado
dia 25 de Fevereiro, sobre a “Indisciplina na escola
e na sala de aula”. O auditório 8.1 do Departamento
de Engenharias da UBI foi o local onde professores e estagiários
debateram o problema, cada vez mais frequente, da falta
de disciplina nas escolas portuguesas.
O atraso da colocação de professores, a má
gestão do sistema educacional e a falta de organização
do Ministério da Educação são
erros que, para Armandina Soares, professora da Escola Básica
do 2º e 3º Ciclos de Vialonga, em Lisboa, “têm
que ser ultrapassados”. “Os professores necessitam
de conhecer os problemas dos seus alunos, para perceberem
o porquê dos seus comportamentos”.
As causas da indisciplina dos alunos podem ser as mais variadas:
dificuldades de integração na turma, problemas
familiares e sociais, factores raciais, incompreensão
dos pais, etc., são apenas alguns exemplos. Armandina
Soares defende que “o professor deve seguir uma turma
desde o 7º até ao 9º ano”, de forma
a acompanhar o aluno no seu percurso escolar e comportamental.
Diogo Monteiro, estudante do 12º ano na Escola Afonso
de Albuquerque, na Guarda, diz que “o professor deve
ser visto como um amigo e que, por sua vez, os alu-nos,
não devem ser vistos, para os professores, como uma
ameaça”.
A educação dos jovens portugueses passa não
só pela aprendizagem, mas tam-bém pela integração
na sociedade. Albino Almeida, Presidente da Confederação
Nacio-nal das Associações de Pais (CONFAP)
explica que a escola deve preparar o aluno para a vida que
está para além das salas de aula, ou seja,
“educar não é domesticar nem ape-nas
instruir, é ajudar a desenvolver o jovem, a auto-realizar-se”.
Os vários professores presentes na sala concordaram
com a necessidade de valo-rização da pessoa
e não do aluno, ideia proposta por Albino Almeida,
pois “a vida está para além das notas”.
José Carreira, professor e orientador de estágios
da Escola Secundária Adolfo, em Portela, Águeda,
defende que a aprendizagem e a disciplina devem estar interliga-das,
mas, para isso, “é necessário haver
autoridade, embora não exagerada, por parte do professor”.
Neste colóquio foi ainda discutida a temática
do programa televisivo “Zero em comportamento”,
passado em horário nobre, na SIC, que, na opinião
dos professores “desrespeita o nosso trabalho e incentiva
os jovens a serem mal comportados”. |
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