Este docente realizou a sua tese matemática sobre aplicações de fluídos em vários campos

Doutoramento em Matemática Equacionar o arrefecimento de ligas Uma investigação virada para a tecnologia de ponta foi realizada na UBI. A tese de doutoramento, na área da Matemática, vem abrir novos caminhos no manuseamento e construção de peças baseadas em ligas metálicas. Por Eduardo Alves

As contas podem ser aplicadas a qualquer acção humana. Desde a distância percorrida por um indivíduo, quando este caminha, até à velocidade de ponta de um avião super-sónico pilotado pelo homem. A matemática “abrange um vasto universo”. A fazer fé nesta ideia chega a tese de doutoramento de Paulo Jorge dos Santos Pinto Rebelo. Um estudo na área da matemática que pretende verificar a forma como o arrefecimento de uma tina onde se trabalha com as ligas metálicas mais modernas pode interferir na construção, na moldagem e no comportamento destes mesmos materiais. Uma tese de doutoramento intitulada “A Equação de Cahn-Hilliard não autónoma e o controlo de arrefecimento de ligas”, que recebeu a aprovação do júri. O docente da UBI, no Departamento de Matemática, explica que “os resultados obtidos nesta investigação podem ser aplicados em certas tinas onde se pretende um determinado modo de arrefecimento do recipiente que contém uma liga metálica”. Os novos materiais que podem ter utilizações variadas, desde a construção de peças automóveis, até às hélices dos aviões são fabricados com ligas metálicas bastante resistentes. A moldagem e o trabalhar dessas ligas pode ser feito “recorrendo a certos compostos onde as ligas são introduzidas”. Este estudo matemático “pretende descortinar formas de arrefecer, com uma forma precisa, o liquido onde estão mergulhadas as ligas”. Paulo Rebelo afirma que esta temática começou a ser estudada, de forma mais abrangente, “desde o princípio da década de 90, do século passado”. Neste momento, as investigações e a bibliografia existentes sobre este assunto, são variados, “mas esta tese vem complementar algumas investigações”. A tese foi aprovada pelo júri composto por Luís Filipe Pinheiro de Castro, professor associado da Universidade de Aveiro, Vladimir Alekseyevitch Bushenkov, professor associado da Universidade de Évora, Gueorgui Vitalievich Smirnov, professor associado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Rui Manuel Pires de Almeida, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior e António Jorge Gomes Bento, professor auxiliar da Universidade da Beira Interior.