“Verifica-se
um aumento considerável do consumo de drogas em
jovens entre os dez e os 18 anos. Um consumo que é
geralmente iniciado nos espaços de lazer mas também
no meio escolar, onde os adolescentes passam a maior parte
do seu tempo”. Esta é uma das conclusões
do diagnóstico promovido pela Câmara Municipal
de Castelo Branco e pelo estudo realizado pelo Instituto
da Droga e da Toxicodependência (IDT).
Preocupados com esta problemática, estas duas entidades,
em colaboração com outros parceiros, implementaram
no concelho albicastrense a 20 de Fevereiro do ano passado
o
“Acção Drogas Não!” (ADN),
um Projecto de Prevenção Primária
de Toxicodependências, que terminou agora, após
um ano no terreno. O objectivo centrou-se em desenvolver
ao longo deste tempo actividades preventivas no âmbito
desta temática na Escola E.B. 2/3 Afonso de Paiva
e na Escola nº5 Horta D`Alva, aqui dirigido a crianças
do primeiro ciclo.
A Associação Amato Lusitano, promotora do
ADN, escolheu o meio escolar para desenvolver as actividades.
E justifica essa opção por o considerar
um “ambiente essencial que fornece um grande potencial
de intervenção”. Assim, procurou-se
contribuir para o aumento da informação
sobre o consumo das drogas, reduzir a vulnerabilidade
dos jovens ao consumo, controlando determinados factores
de risco, incentivar as suas capacidades de percepção
e reflexão, através do debate de ideias
e produzir vários trabalhos, como resultado do
impacto da progressão das estratégias de
sensibilização e criação de
acções com efeito multiplicador no âmbito
preventivo.
Os pontos de encontro, como lhe chamaram, abordaram temáticas
que no entender dos responsáveis podem propiciar
o uso e abuso de drogas. O HIV/Sida e doenças sexualmente
transmissíveis, alcoolismo e tabagismo, consumo
e tráfico de drogas, nomeadamente no que toca á
legislação vigente. A ideia foi conseguir
um gradual esclarecimento das dúvidas. Destas conversas,
resultou a participação a nível nacional
de uma das turmas no Fórum Cannabis, promovido
pelo IDT.
A formação de professores, para uniformizar
conceitos promover a sua participação e
fornecendo estratégias para que também eles
sejam agentes activos nesta caminhada, foi também
contemplada. Os alunos alvo destes projectos eram os que
frequentavam o segundo ciclo, até ao nono ano.
Mas, na escola Horta D`Alva, foram alunos mais novos que
integraram o “Crescer a Brincar”. Neste âmbito,
e na perspectiva de contribuir para a manutenção
de estilos de vida saudáveis e de treinar determinadas
competências pessoais, como a tomarem decisões
ou gerirem emoções negativas, foram-lhes
proporcionados jogos didácticos e interactivos
em vários domínios. Para estes alunos esta
acção prolonga-se até ao fim do ano
lectivo.
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