Um dos homens mais
poderosos no meio da comunicação social
portuguesa esteve na UBI para uma palestra sobre política
e comunicação. Francisco Pinto Balsemão,
dono do grupo Impresa que integra, entre outros, o histórico
semanário Expresso, os canais televisivos SIC,
e uma vasta série de títulos especializados,
falou sobre a estreita ligação entre os
media e a política.
Convidado pela candidatura social-democrata do círculo
de Castelo Branco para falar sobre a sua experiência
pessoal, Balsemão acabou por fazer uma radiografia
ao actual estado da comunicação social portuguesa.
Ao lado do ex-ministro que tutela a pasta dos media, Nuno
Morais Sarmento, o patrão da Impresa criticou vivamente
as políticas governativas de todos aqueles que
estiveram no poder até à data. Para Balsemão,
“as orientações dos políticos
têm servido para que os media se agrupem cada vez
mais”. O que leva a “um caminho, em certa
medida, perigoso”, acrescenta.
Sobre as insinuações de tratamentos jornalísticos
diferentes, por parte dos media públicos e privados,
Balsemão foi explicando que “está
mais que demonstrado que os políticos não
julgam nem mandam na comunicação social”.
Antes pelo contrário, na perspectiva do antigo
primeiro-ministro “é o público que
avalia a prestação dos vários órgãos
de comunicação social”.
Balsemão refere que Portugal “continua atrasado
nas políticas de desenvolvimento dos media”,
apontando a Internet como um “exemplo maior”
e os blogues como “um caso particular”. “Hoje
em dia qualquer pessoa, teoricamente, pode ter a sua própria
televisão e os seus conteúdos” Através
da Internet, “mais especificamente, no caso dos
blogues, todas as pessoas podem opinar, podem exprimir
os seus pensamentos e colocar todo o tipo de conteúdos
à disposição do mundo inteiro”.
Uma ideia que serviu para rematar a comunicação
dada no anfiteatro 2.12.
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