Por alegada falta de
tempo, o Conselho de Ministros não aprovou, na
última reunião, o Plano de Pormenor do PolisGuarda.
Estavam agendados para homologação cinco
documentos, mas apenas foi dado o aval a quatro, tendo
o da Guarda sido relegado para uma outra ocasião.
O plano, que tinha sido enviado em Maio do ano passado
para a Secretaria de Estado do Ambiente, tendo, após
ter obtido parecer favorável, sido remetido para
Conselho de Ministros, chegou a estar agendado por duas
vezes para aprovação, mas na última
reunião do Governo foi novamente adiada a decisão.
Assim haverá um novo atraso na construção
das infra-estruturas no Parque Urbano do Rio Diz, que
é considerada "a obra mais marcante"
do programa de requalificação ambiental
da cidade, uma vez que só com a publicação
do plano de pormenor é que a Sociedade PolisGuarda
poderá avançar com a expropriação
litigiosa de alguns terrenos. A presidente da câmara
municipal, a socialista Maria do Carmo Borges, manifesta
a sua indignação pelo decurso do processo:
"A Guarda deve ser tratada como deve ser. Os senhores
que sustentam o Governo acham que na Guarda quanto pior
melhor e, portanto, querem impor-se pela negativa".
Agora, a autarca espera que o documento seja aprovado
logo na próxima reunião, "desconhecendo,
contudo, se ainda poderá ocorrer antes das eleições
legislativas de 20 de Fevereiro". Já a vereadora
social-democrata e líder da Distrital do PSD, Ana
Manso, prefere insistir, como tem feito habitualmente,
em responsabilizar a autarquia pelos atrasos na concretização
dos projectos do Polis e de evidenciar a taxa de execução
dos programas de Viseu e de Castelo Branco. No Plano de
Pormenor do Parque do Rio Diz estão definidas as
áreas urbanas e urbanizáveis, rurais e de
salvaguarda estrita. A concretização das
propostas deste documento deverá permitir a criação
de um novo espaço que valorize a cidade da Guarda,
pelo nível de equipamentos presentes, qualidade
das soluções arquitectónicas e de
arranjos paisagísticos e inserção
equilibrada no tecido urbano do aglomerado. Pretende-se
que o Parque Urbano seja um espaço de grande atractividade,
capaz de acumular múltiplas funções,
como a actividade física, o recreio, o lazer e
a cultura. Está prevista a construção
de percursos de manutenção, ciclovias e
pontes pedonais.
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