“A Boneca Encantada”.
É este o nome da peça que o Vaatão-
Teatro de Castelo Branco levou no passado sábado,
19, pelas 15 horas, ao palco do Grande Auditório
do Cine-Teatro Avenida.
Esta é a história de um tempo em que ainda
existiam reis, rainhas e príncipes. Nessa altura
vivia também uma menina chamada Ana Gonta. Vivia
numa aldeia muito pobre. A sua mãe recorria com
frequência ao padrinho da filha, que tinha uma mercearia,
em tempos mais apertados.
Certa vez, não tendo que comer e falhado o padrinho,
Ana Gonta foi mandada vender linha às pessoas que
passavam pelas ruas. Uma velhinha trocou a linha por uma
boneca encantada que, de noite, na cama, evacuava moedas
de ouro.
Passados dias pediram ao compadre merceeiro, sem se denunciarem,
um meio alqueire para contarem a sua riqueza. Devolvida
a medida, o padrinho encontrou uma moeda de ouro entalada
nas tábuas. Instruída pelos pais, a filha
do padrinho conseguiu emprestada, em segredo, a boneca
da Ana Gonta. A boneca, em vez de fazer ouro, fez caca
na cama da filha do merceeiro. Furioso o homem atirou
a boneca pela janela fora.
Tempos depois, o Príncipe, que andava à
caça, precisou de “dar de corpo”. Despachou-se
atrás de um arbusto e para se limpar não
encontrou melhor que a boneca, com os seus grandes cabelos.
Esta enfiou-se-lhe pelo rabo, ficando apenas com os pés
de fora.
Não havendo médico que o curasse, ou bruxa
que o livrasse do tampão, o Príncipe estava
às portas da morte.
O Rei informou que cobriria de ouro quem lhe curasse o
filho. Se fosse mulher jovem casá-la-ia com o Príncipe.
Ana Gonta apresentou-se no palácio e desentalou
a boneca.
Foi casada com o Príncipe pela velhinha. Mantiveram
a boneca que trouxe felicidade ao reino.
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