A reunião pública apenas serviu para meros actos de gestão
Reunião de Câmara
PSD mostra-se “desorientado”

Foi um encontro para preencher agenda e estrear Ana Simões como vereadora da Câmara da Covilhã. PS e PSD aproveitaram o momento para falar sobre os destinos do concelho.


Por Eduardo Alves


Miguel Nascimento, vereador socialista da oposição na Câmara da Covilhã, parecia que adivinhava o resultado das eleições do passado domingo, 20 de Fevereiro. O único vereador socialista saiu da reunião pública da autarquia serrana com um tema central.
O socialista falou sobretudo da atitude de Carlos Pinto, presidente da câmara, agora com mandato suspenso, durante a campanha para as eleições legislativas. No entender de Nascimento, a carta enviada por Pinto aos munícipes da Covilhã “deixou nestes uma grande expectativa” que posteriormente “pode não se vir a concretizar”. Até porque, na mesma missiva, “Carlos Pinto mistura eleições legislativas com autárquicas, como se fossem uma e a mesma coisa”, reitera ainda o socialista. Daí que, na perspectiva de Nascimento, “em caso de derrota do PSD no distrito, Carlos Pinto deverá entender isso como uma derrota pessoal”.
A reunião pouco mais teve do que a intervenção do público. Ana Simões, que até aqui vinha desempenhando funções como secretária do presidente da autarquia covilhanense, está agora na equipa de vereadores sociais-democratas da Covilhã. Joaquim Matias, um dos vereadores laranjas foi quem falou aos jornalistas. Questionado sobre a suspensão de mandato do presidente camarário, Matias apenas disse que “o período dessa suspensão deve ser avaliado pelo presidente da câmara”. Matias sublinhou ainda que “cabe aos candidatos optarem pelos seus passos políticos em cada momento da sua vida”.