Ainda não era
meio-dia e já José Sócrates votava
na mesa número seis da freguesia da Conceição,
cidade da Covilhã. O militante socialista inscrito
na concelhia covilhanense veio, horas mais tarde, tornar-se
primeiro-ministro de Portugal.
Uma vitória “estrondosa”, como a classifica
Vítor Pereira, presidente da concelhia covilhanense
do PS, inundou o País. Os socialistas alcançaram
nas legislativas de 20 de Fevereiro um resultado histórico
a nível nacional que foi ainda mais acentuado a
nível distrital. Os números do País
apontam para a eleição de um total de 120
deputados socialistas, o que dá “uma larga
maioria absoluta”, adianta o presidente da concelhia
onde está inscrito o agora primeiro-ministro.
No distrito, o PS vincou ainda mais a vitória.
Um resultado que estava fixo há vários anos,
e que contava com a eleição de três
deputados socialistas e dois social-democratas, foi alterado
para a eleição de um total de quatro deputados
socialistas e apenas um social-democrata.
Depois de conhecidas as primeiras sondagens, a euforia
e festa vivida dentro e nas imediações da
sede socialista da Covilhã contrastavam com o silêncio
que reinava na casa dos social-democratas. A nível
distrital o PS atingiu, pelo círculo de Castelo
Branco, um total de 65 por cento de votos, contra apenas
17 e meio por cento dos social-democratas.
Este resultado foi já interpretado por Fernando
Jorge, presidente da comissão política distrital
do PSD. Para o responsável pelas listas de Castelo
Branco, “esta foi uma derrota estrondosa dos socialistas”.
Fernando Jorge vê assim o distrito albicastrense
eleger apenas Morais Sarmento. O presidente da comissão
política distrital apresentou já a sua demissão.
Por outro lado, Carlos Pinto, segundo da lista e candidato
não eleito, nada acrescentou sobre os resultados
alcançados pelos socialistas.
|