Por Eduardo Alves


"Uma vitória histórica" referem os militantes do PS, partido que conquistou uma maioria absoluta para a Assembleia da República

Ainda não era meio-dia e já José Sócrates votava na mesa número seis da freguesia da Conceição, cidade da Covilhã. O militante socialista inscrito na concelhia covilhanense veio, horas mais tarde, tornar-se primeiro-ministro de Portugal.
Uma vitória “estrondosa”, como a classifica Vítor Pereira, presidente da concelhia covilhanense do PS, inundou o País. Os socialistas alcançaram nas legislativas de 20 de Fevereiro um resultado histórico a nível nacional que foi ainda mais acentuado a nível distrital. Os números do País apontam para a eleição de um total de 120 deputados socialistas, o que dá “uma larga maioria absoluta”, adianta o presidente da concelhia onde está inscrito o agora primeiro-ministro.
No distrito, o PS vincou ainda mais a vitória. Um resultado que estava fixo há vários anos, e que contava com a eleição de três deputados socialistas e dois social-democratas, foi alterado para a eleição de um total de quatro deputados socialistas e apenas um social-democrata.
Depois de conhecidas as primeiras sondagens, a euforia e festa vivida dentro e nas imediações da sede socialista da Covilhã contrastavam com o silêncio que reinava na casa dos social-democratas. A nível distrital o PS atingiu, pelo círculo de Castelo Branco, um total de 65 por cento de votos, contra apenas 17 e meio por cento dos social-democratas.
Este resultado foi já interpretado por Fernando Jorge, presidente da comissão política distrital do PSD. Para o responsável pelas listas de Castelo Branco, “esta foi uma derrota estrondosa dos socialistas”. Fernando Jorge vê assim o distrito albicastrense eleger apenas Morais Sarmento. O presidente da comissão política distrital apresentou já a sua demissão. Por outro lado, Carlos Pinto, segundo da lista e candidato não eleito, nada acrescentou sobre os resultados alcançados pelos socialistas.