Por Eduardo Alves


Esta edição vai contar com a estreia de quatro peças

“Um ano mais, as mesmas dificuldades, os mesmos sonhos e a mesma vontade e determinação para levar este projecto a bom porto”, começa assim o caderno oficial do IX Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior. O resumo de uma “das mais importantes manifestações culturais da região”, adiantam os responsáveis. De 1 a 14 de Março o Teatro-Cine da Covilhã vai ser a casa do Teatr’UBI, que faz da sua nova peça, intitulada “Instantâneos”, o seu porta-estandarte.
Uma criação teatral “que pretende experimentar novas formas de representação”, sublinha Rui Pires, do Teatr’UBI. Uma peça onde se conjuga o teatro, a dança e passagens aérea. No que respeita a esta última intervenção Rui Pires apenas adianta que “vão existir momentos em que os actores não estão com os pés assentes no palco”. Para além de “Instantâneos”, mais três peças vão ser estreadas nesta nona edição do único ciclo de teatro universitário do País. Um programa de 14 dias, “que está dividido em duas partes”, sublinha Rui Pires. Segundo o actor e responsável pela direcção e produção deste ciclo teatral “uma primeira fase vai ser dedicada aos grupos de teatro com provas dadas, os mais antigos”, já mais para o final do evento, estão previstas as actuações dos grupos mais novos.

Continua a falta de apoios

Parece já uma tradição do ciclo de teatro universitário, “a falta de apoios por parte de certas instituições”, reiteram os elementos do Teatr’UBI. Sem que o assunto ganhe demasiada importância aquando da apresentação do programa oficial, “este tem de ser referenciado”.
Com um orçamento a rondar os 35 mil euros, o Teatr’UBI apenas conta com o apoio da UBI, de equipa responsável pelo Teatro-Cine e com a cedência de espaços por parte da Câmara Municipal da Covilhã. Rui Pires não compreende “porque é que outras associações teatrais e não só conseguem apoios e o Teatr’UBI não”. Pires recorda que este grupo “é o único a promover um ciclo de teatro universitário, em Portugal” e tem alcançado diversos prémios a nível internacional. Com a falta de verbas para maiores voos, “vai ser feito o que estiver ao nosso alcance, remata Rui Pires.