“Um ano mais,
as mesmas dificuldades, os mesmos sonhos e a mesma vontade
e determinação para levar este projecto
a bom porto”, começa assim o caderno oficial
do IX Ciclo de Teatro Universitário da Beira Interior.
O resumo de uma “das mais importantes manifestações
culturais da região”, adiantam os responsáveis.
De 1 a 14 de Março o Teatro-Cine da Covilhã
vai ser a casa do Teatr’UBI, que faz da sua nova
peça, intitulada “Instantâneos”,
o seu porta-estandarte.
Uma criação teatral “que pretende
experimentar novas formas de representação”,
sublinha Rui Pires, do Teatr’UBI. Uma peça
onde se conjuga o teatro, a dança e passagens aérea.
No que respeita a esta última intervenção
Rui Pires apenas adianta que “vão existir
momentos em que os actores não estão com
os pés assentes no palco”. Para além
de “Instantâneos”, mais três peças
vão ser estreadas nesta nona edição
do único ciclo de teatro universitário do
País. Um programa de 14 dias, “que está
dividido em duas partes”, sublinha Rui Pires. Segundo
o actor e responsável pela direcção
e produção deste ciclo teatral “uma
primeira fase vai ser dedicada aos grupos de teatro com
provas dadas, os mais antigos”, já mais para
o final do evento, estão previstas as actuações
dos grupos mais novos.
Continua a falta de apoios
Parece já uma tradição do ciclo
de teatro universitário, “a falta de apoios
por parte de certas instituições”,
reiteram os elementos do Teatr’UBI. Sem que o assunto
ganhe demasiada importância aquando da apresentação
do programa oficial, “este tem de ser referenciado”.
Com um orçamento a rondar os 35 mil euros, o Teatr’UBI
apenas conta com o apoio da UBI, de equipa responsável
pelo Teatro-Cine e com a cedência de espaços
por parte da Câmara Municipal da Covilhã.
Rui Pires não compreende “porque é
que outras associações teatrais e não
só conseguem apoios e o Teatr’UBI não”.
Pires recorda que este grupo “é o único
a promover um ciclo de teatro universitário, em
Portugal” e tem alcançado diversos prémios
a nível internacional. Com a falta de verbas para
maiores voos, “vai ser feito o que estiver ao nosso
alcance, remata Rui Pires.
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