O município da Covilhã tormou pública a despesa com o Cartão do Idoso
Câmara apresenta contas
Cartão do Idoso custa 650 mil euros por ano

Este valor não contempla os descontos na factura da água, de que usufruem nove mil seniores, e representam mais 45 mil euros mensais.


Ana Rodrigues Ribeiro
NC / Urbi et Orbi


A Câmara da Covilhã gasta 649 mil euros (130 mil euros) por ano com o Cartão Municipal do Idoso, sem contabilizar os descontos que são feitos na água, que são mais 45 mil euros mensais. Os dados foram avançados por Maria do Rosário Brito, vereadora com o pelouro da Acção Social, na reunião de Câmara da última sexta-feira.
Segundo a vereadora, trata-se de um esforço financeiro que a autarquia faz, num projecto que há sete anos foi pioneiro no País e com o qual pretendem continuar. Desde então, 11 mil pessoas com mais de 65 anos já aderiram e no que toca aos descontos na factura da água, no âmbito do Cartão Municipal do Idoso, há nove mil beneficiários.
Só em transportes são gastos anualmente 570 mil euros. Para as vinhetas vão 174 mil euros, os módulos para …. custam 54 mil euros e 342 mil euros é quanto é gasto com os bilhetes para fora da coroa urbana. Mas há depois outras despesas, como é o caso das viagens turísticas que são organizadas e para o respectivo material de apoio, como os panfletos dos locais a visitar, em que foram gastos 28 mil euros no ano passado, ou a iniciativa Idosos em Movimento, em que se promove o exercício físico para esta faixa.
Maria do Rosário diz que este tem sido um esforço solitário, e frisa que o ideal seria que a autarquia viesse a beneficiar de um reforço financeiro por parte do futuro governo para esta área. E mostra-se orgulhosa pelo sucesso do projecto, que acabou por ser implementado em vários municípios do País.
O vereador da oposição, o socialista Miguel Nascimento, elogia a criação do Cartão Municipal do Idoso e adianta que se viesse a fazer parte de um futuro executivo era um projecto a que daria continuidade. Mas com alterações, evoluindo para Cartão Social, que não fosse apenas dirigido a idosos mas às famílias mais carenciadas do concelho, às situações onde se verifique que há carências económicas e sociais.
Por outro lado, frisa que se estão a falar de verbas significativas que são gastas com o Cartão do Idoso e que é dinheiro que não é aplicado noutras coisas. Por isso frisa que é necessário fazer-se uma avaliação para detectar os idosos que não precisam deste apoio e que possam estar a ter benefícios.