Semana após
semana o jornal impõe-se como um instrumento de
trabalho para os alunos do curso de Ciências da
Comunicação que têm assim oportunidade
de juntar a teoria à prática. O Urbi et
Orbi é além disso um importante meio de
divulgação de tudo o que se passa na Universidade
da Beira Interior
Os 261 jornais que nesta data se encontram em arquivo
podem ser consultados on-line. Uma forma de perceber o
trabalhos desenvolvido ao longo destes anos e a própria
evolução do jornal. No passado mês
de Janeiro o Urbi et Orbi contabilizou mais de 61 mil
visitas. A maioria dos utilizadores, 46 por cento, são
portugueses, mas existe um número significativo
de visitantes brasileiros, espanhóis norte-americanos
e franceses, entre outros.
Desta iniciativa lançada na Internet nasceu, em
Outubro de 2003, o Urbi em papel que reúne numa
publicação impressa, com periodicidade mensal,
as principais notícias relacionadas com a comunidade
académica da UBI.
Cinco anos passados sobre a primeira edição,
os também cinco chefes de redacção
deste laboratório de jornalismo fazem o relato
do Urbi, do papel deste nas suas vidas, na comunidade
académica e no mundo da comunicação.
Catarina Moura foi a primeira a chefiar uma equipa de
“jornalistas” composta por alunos do curso
de Ciências da Comunicação. Confessa
que entrou “na aventura do Urbi, por mera coincidência”.
Foi uma casualidade que a levou a ser escolhida por António
Fidalgo e Anabela Gradim, docente no curso de Comunicação
da UBI, para chefiar o Urbi. Desde a primeira edição
até aos dias de hoje, “já lá
vão uns bons tempos”, recorda Catarina Moura,
ainda a trabalhar no Laboratório de Comunicação
e Conteúdos On-line da UBI (LABCOM). O jornalismo
“nunca foi a minha área favorita em termos
de profissão”, confessa a primeira chefe
de redacção do Urbi. Contudo, a boa classificação
conseguida na disciplina de Atelier de Jornalismo e “alguma
vontade de experimentar o mundo das notícias”,
levaram-na a abraçar o projecto.
Este passo vai depois ser seguido por Raquel Fragata.
Já ligada ao Urbi, enquanto aluna da UBI, esta
jovem profissional encontrou no jornal on-line da Universidade
“a sua primeira experiência profissional e
única na área do jornalismo”. Com
um balanço positivo, recorda os tempos passados
à frente da publicação. Opinião
partilhada por Ana Maria Fonseca, a terceira responsável
a tomar os comandos do Urbi. Ana Maria assume que “a
princípio foi um pouco confuso” do ponto
de vista “da responsabilidade de um recém-licenciado
chefiar uma equipa de alunos e ter a seu cargo a publicação
semanal”. Contudo, tamanho encargo “serve
como uma das melhores escolas”, sublinha Ana Fonseca.
Para esta licenciada em Ciências da Comunicação,
o Urbi “é uma escola essencial no que respeita
às novas tecnologias”.
Responsabilidade é também palavra presente
no discurso de Catarina Rodrigues. A quarta licenciada
em Ciências da Comunicação, pela UBI,
a chefiar o Urbi. Um ano como aluna a colaborar “numa
das primeiras publicações periódicas
on-line do País” levaram Catarina a desenvolver
o gosto pelo jornalismo e pelo Urbi. Assumir o comando
do jornal “foi um misto de responsabilidade e de
curiosidade por trabalhar com um meio diferente”.
Para além do trabalho ao nível do jornalismo,
Catarina Rodrigues refere que “o Urbi é uma
verdadeira escola”. Muito do que aprendeu com esta
publicação on-line serviu para lhe abrir
portas para outras experiências profissionais. O
mesmo acabou por acontecer com as colegas que a antecederam.
Daniel Sousa e Silva foi também chefe de redacção
do Urbi. Apaixonado pelo mundo do jornalismo, encontrou
no jornal da UBI, “um meio para iniciar a actividade
profissional”. Devido às suas características
próprias, “não ser um jornal suportado
por fundos publicitários ou pertencer a grupos
económicos”, a publicação ganha
outro tipo de destaque. O que mais marcou Daniel Silva
na sua passagem pelo Urbi foi também “a responsabilidade
de colocar o jornal on-line, todas as semanas”.
"Um laboratório
para os alunos", assim classificam o jornal,
os chefes de redacção
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Futuro passa por “lavagem visual e interactividade”
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Ligada ao mundo das novas tecnologias, Catarina Rodrigues
confessa que “hoje é quase um vício
ler o jornal todas as terças-feiras”. Um
passo seguido por todos os seus colegas “e por um
número bastante grande de leitores”, acrescenta
Ana Maria Fonseca.
Apesar das muitas segundas-feiras (dia de fecho do jornal)
repletas de trabalho “nada mais compensatório
do que ver o jornal on-line”, adianta Catarina Rodrigues.
Alegrias partilhadas por Ana Maria Fonseca que ressalva
também “as inúmeras potencialidades
do Urbi, enquanto jornal disponível para todo o
mundo”.
São estas potencialidades que levam os responsáveis
pelo Urbi a falar no futuro deste meio de comunicação.
Catarina Moura refere que o Urbi “deveria sofrer
uma lavagem visual”, ideia seguida por Ana Maria
Fonseca. “Maior interactividade com o leitor, através
de diversas ferramentas hoje disponíveis”
é também uma achega de Catarina Rodrigues.
Já Daniel Silva acrescenta à lista de próximos
passos, “a profissionalização do jornal,
através de uma equipa que funcione de forma ininterrupta”.
Visto como um laboratório, por todos aqueles que
estiveram responsáveis pelo jornal, o Urbi, “deve,
sobretudo, continuar a servir os seus princípios”,
adianta Catarina Moura. “Ajudar os estudantes de
Ciências da Comunicação a prepararem-se
para o mercado de trabalho e servir de meio de difusão
do que se passa na Universidade”, são também
funções apontada por Catarina Rodrigues.
Todos os chefes de redacção desejaram ao
Urbi, as maiores felicidades.
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