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A cidade de Castelo Branco acolheu o arranque das campanhas dos socialistas e sociais-democratas

Fernando Serrasqueiro, deputado socialista lembra que "o PS está em condições de a curto prazo poder oferecer uma alternativa e um programa político, que julgo possa vir a ter acolhimento no nosso distrito, que tal como o País, vive momentos difíceis. A interioridade, que é aquilo que mais nos preocupa profundamente, é hoje algo de uma complexidade que exige respostas novas e diversas daquelas que há uns tempos atrás poderíamos dar, sendo por isso, que é mais difícil combater a interioridade e a desertificação".
O deputado socialista, recorda que "o distrito de Castelo Branco teve uma quebra populacional de três por cento, contrariando deste modo a tendência nacional e da Região Centro. Tem o maior índice de envelhecimento compartilhado com Portalegre, que situa em 184 por cento, e uma proporção mais baixa de jovens, não esquecendo que tem mais idosos que a média nacional. Por outro lado, temos a menor percentagem daqueles que atingem o Ensino Superior, sendo de OITO para uma média nacional de 11 por cento. Em dois anos e meio, cresceram aqui 2820 desempregados, havendo em cada dia mais três pessoas desempregadas, em que mais de cinco mil são mulheres, e 1500 são jovens". Por outro lado, diz Fernando Serrasqueiro, "o investimento público no distrito caiu 16 por cento entre 2002 e 2005", lembrando também que "em dois anos aconteceram mais 1400 crimes participados, o que significa um aumento de 34 por cento".
Quanto ao cenário dos últimos tempos, "o mais significativo a par da quebra de investimento, foi a redução dos serviços públicos, perdendo-se competências, especialistas, não esquecendo que nestes últimos dois a três anos, perdemos uma direcção comercial dos correios, foi desactivada a delegação da RTP que tinha um serviço diário que dava conta daquilo que de principal acontecia na nossa região. Foi igualmente desactivado o Centro da Área Educativa, cessou a Inspecção das Actividades Económicas, acabaram com a pousada de Monsanto da Inatur, a saúde foi desqualificada em termos das suas competências, tal e qual como a segurança social, tendo ainda em cima as ameaças no que respeita à restrição de serviços hospitalares,
designadamente as questões que têm a ver com a maternidade, e mais recentemente, com a gestão global do hospital".
Perante esta situação, o deputado do PS, não tem dúvida que "existe um plano organizado numa estratégia liberal, que nos diz que não havendo população, não há economias de escala, e sem estas, é melhor terminar os serviços para haver racionalização dos meios envolvidos, sendo esta uma estratégia que estamos em desacordo".
O PS se tiver responsabilidades na Assembleia da República ou no Governo, Fernando Serrasqueiro garante a construção do manifesto, em três linhas de força. "Valorizar os programas governamentais num bom equilíbrio territorial e aposta no desenvolvimento do Interior. Apoiar a fixação de pessoas e promover uma política de benefícios às empresas que aqui se fixem, e uma organização do território que beneficie a capacidade de decisão local. A acompanhar este quadro, entendo que devemos retomar os índices de investimento público, que os governos do PS se comprometeram e realizaram no
nosso distrito".