Quando
os Interpol apareceram, transformaram-se numa
das mais promissoras bandas de sempre e das melhores
daquele ano. Estávamos em 2002 quando “Turn
On the Bright Lights” foi editado e o tema
“PDA” assolou as rádios de
música alternativa.
O culto à volta dos nova-iorquinos cresceu,
apesar das evidentes semelhanças aos Joy
Division, a Ponto de “Turn On the Bright
Lights” ser considerado hoje um álbum
essencial e até obrigatório.
Daí que “Antics” fosse aguardado
com algum respeito. E também alguma expectativa,
para se saber se o segundo de originais seria
tão bom como o anterior. São os
inconvenientes de se fazer um álbum muito
bom logo à primeira. As expectativas ficam
sempre muito elevadas.
De facto “Antics” não é
tão bom quanto o seu precedente. É
um álbum muito mais easy listening, apetecível,
abrangente. O que não é necessariamente
mau. Mas depois de uma obra-prima, dificilmente
se consegue desligar a ideia de comparar álbuns.
Em “Antics” desapareceu um pouco daquela
semelhança descarada a Joy Division, como
que se os Interpol tivessem agora definido a sua
verdadeira identidade. Resta é saber se
terá sido a identidade certa a seguir.
Apesar disso, o novo álbum a que nos vamos
habituando e por fim gostando – e muito.