Como
vocalista dos James, lançando 10 álbuns
de estúdio, um “Best Of” que
vendeu milhões de dezenas de singles, Tim
Booth pode afirmar ter sido vocalista de uma das
primeiras bandas a serem aclamadas como “os
próximos Smiths”.
Os James tornaram-se uma instituição,
quer em Inglaterra quer em Portugal. “Stutter”
foi o álbum de estreia em 1986, mas ganharam
notoriedade com “Gold Mother” de 1990,
onde se encontram os hinos “Sit Down”
ou “Come Home”. Talvez tenham atingido
o pico com “Seven” e “Laid”,
de 1992 e 1993, de onde conhecemos clássicos
como “Born of Frustration”, “Ring
the Bells”, “Sound”, “Sometimes”,
“Laid” ou “Say Something”.
Os James sempre tiveram uma relação
muito especial com o público português,
sendo inesquecíveis momentos como os concertos
que deram com os Radiohead no Restelo no início
da década de 90 ou o que deram de “despedida”
no Coliseu dos Recreios poucos meses antes de
acabarem como banda.
Inventivo, assumindo sempre riscos e nunca se
satisfazendo com a escolha mais fáciul
“Boné”, o primeiro álbum
a solo de Tim Booth (não contando com o
álbum “Booth and Bad Angel”,
que lançou em parceria com Ângelo
Badalamenti) demorou dois anos a preparar. Mantendo
a sua imagem de marca, com letras provocadoras
e uma voz inconfundível, “Boné”
é um disco feito de grandes canções,
bem estruturadas, interpretadas com emoção
e paixão.