“Por mais incrível
que pareça, os professores universitários
são os únicos trabalhadores que não
têm direito a subsídio de desemprego”,
alertam os elementos do Sindicato de Professores da Zona
Centro (SPZC). Em plena Universidade, os representantes
dos docentes fizeram uma detalhada radiografia ao que
tem acontecido com a carreira de docente nos últimos
anos. Segundo estas vozes “que defendem sobretudo
um dos sectores mais importantes de qualquer sociedade”,
os três anos de Governo social-democrata vieram
enegrecer ainda mais uma profissão “já
de si frágil”. O ponto de maior desânimo
na vida dos docentes “foi o último concurso
de colocações”. Fontes sindicais referem
que “ainda hoje existem casos por resolver”.
Para o SPZC, este foi um ano lectivo, “completamente
perdido”.
Para uma plateia de professores do ensino básico
e secundário, os representantes sindicais falaram
também sobre a carreira de docentes universitários.
“Uma das mais amargas”, sublinham. Desde professores
que não conseguem progredir na sua carreira, “ficando
eternamente no escalão de convidado ou associado”,
até ao ponto de “não se ter direito
a qualquer tipo de subsídio de desemprego”.
Esta situação “escandalosa”
tem de ser alterada.
Sindicato prepara “choque lectivo”
Em tempo de campanha eleitoral, o SPZC recorda as frases
mais provocantes que os políticos têm dado
a conhecer ao povo luso. Numa altura em que “parece
ser moda falar de choques”, o SPZC defende também
um choque “para o campo da educação.
Segundo o Sindicato de Professores, está já
a ser preparado um documento onde são referidas
as principais modificações a serem operadas
nesta área. Seja qual for o futuro Governo de Portugal
“logo após as eleições de 20
de Fevereiro, o primeiro-ministro vai receber um documento
detalhado com as propostas sindicais”. Em dia de
arrumar a casa, o SPZC lembrou que “todos os representantes
dos docentes estão prontos para ajudar os políticos
a resolver os problemas do ensino”.
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