Segundo o vereador socialista,
Carlos Pinto tem a "obrigação ética"
de apresentar a suspensão do mandato
|
Eleições
legislativas
Nascimento pede suspensão
do mandato de Carlos Pinto
O vereador socialista
da Câmara da Covilhã diz “não
ser eticamente correcto” o presidente da Câmara
da Covilhã, Carlos Pinto, estar num lugar elegível
para a Assembleia da República e continuar “durante
a campanha” à frente da autarquia.
|
Por Eduardo
Alves
|
|
|
Foi já no final
da última sessão de Câmara, de sexta-feira
passada, que o socialista Miguel Nascimento pediu a suspensão
de mandato de Carlos Pinto. Sem que o autarca social-democratra
estivesse presente, o único vereador socialista na
autarquia serrana não se calou e referiu que “não
se pode ser candidato a deputado às segundas, quartas
e sextas e presidente de câmara às terças,
quintas e sábados”. Daí que “a
bem da transparência política e do eticamente
correcto”, Carlos Pinto deva retirar-se da presidência
da câmara, reitera Nascimento.
Ainda que a lei não seja “totalmente clara”,
no que diz respeito a este tipo de situações,
o vereador socialista diz que “esta suspensão
de mandato acabaria com desconfianças”, no
que respeita a possíveis inaugurações
camarárias e inclusive, “deixava claro qual
a decisão deste presidente”. Isto porque, Nascimento
não é o primeiro a mostrar algum desconforto
perante esta situação. Jorge Fael, candidato
da Coligação Democrática Unitária
(CDU) pelo círculo de Castelo Branco veio, há
bem pouco tempo, alertar para a mesma situação.
No domínio camarário, foi pela voz de Nascimento
que o partido de esquerda se manifestou contra esta situação.
O vereador socialista diz que as escolhas políticas
de Pinto “não têm sido as melhores”.
Uma vez que o autarca se comprometeu, nas urnas, com os
covilhanenses “a um mandato de quatro anos na autarquia”.
Sem que esse período tenha já chegado ao fim,
Pinto “já está a candidatar-se a um
outro cargo”. O que vai deixar alguém “enganado”,
remata o socialista. Se Carlos Pinto for eleito para a Assembleia
da República, “são os eleitores da Covilhã
que ficam defraudados”, caso seja eleito e renuncie
ao cargo de deputado, “são os eleitores do
distrito que vêm goradas as suas expectativas”.
Em ambos os cenários, “Carlos Pinto, numa prova
de ética política, devia apresentar a sua
demissão da Câmara da Covilhã”. |
|
|