A
Rapariga Santa
de
Lucrécia Martel
O
filme da realizadora argentina Lucrécia Martel,
revelado no último festival de Cannes, apresenta
a oposição entre a religiosidade e a sexualidade,
entre o místico e o erótico.
Depois das aulas de doutrina num colégio interno
da cidade de La Ciénaga, dos ensaios do coro e
das conversas sobre temas religiosos Amalia e Josefina
falam em segredo dos primeiros beijos e do despertar do
desejo. Josefina é de uma família de classe
média da província. Já Amalia, de
notável beleza, vive no Hotel Termas, um espaço
envelhecido, que pertence à família, onde
vive com a mãe Helena, uma mulher fascinante, e
o tio Freddy.
Durante esses dias, tem lugar um congresso de médicos
e o hotel está cheio. Amalia descobre entre eles
um homem que a atrai, mas Dr. Jano parece mais interessado
na mãe da jovem. O prestigiado médico acaba,
no entanto, por revelar a sua personalidade que oscila
entre a respeitabilidade profissional e familiar e a sua
asquerosa vocação pedófila.
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