Entrou bem no novo
ano o Sporting da Covilhã. O conjunto serrano recebeu
o Torreense, venceu e subiu ao segundo posto da tabela
devido aso deslizes dos seus adversários mais directos.
A jornada correu de tal maneira bem para o emblema beirão,
que até o Mafra não conseguiu desfazer o
nulo em Oliveira do Hospital. O Covilhã está
agora a apenas um ponto da turma de Vítor Móia,
que se desloca ao Santos Pinto no próximo domingo,
16, no jogo que marca o arranque da segunda volta do campeonato.
Um jogo que se adivinha emocionante, uma vez que, quem
ganhar assume a liderança da tabela.
Quanto ao jogo do último domingo, terá sido
um dos mais pobres da época em termos de espectáculo,
principalmente na segunda parte. A partida arrancou com
duas equipas muito cautelosas a arriscar pouco. Quase
do nada, porém, o Sporting da Covilhã inventa
um golo logo aos dez minutos, praticamente na primeira
oportunidade que tem. Cunha cobra um livre no meio-campo
ofensivo, bombeia para a entrada da área e Piguita,
sentindo o adiantamento do guarda-redes Cristophe, cabeceia
de costas para a baliza e tira um chapéu com conta,
peso e medida, que só pára no fundo da baliza
torreense.
A esperada reacção da turma forasteira não
aconteceu e foi o Covilhã que continuou a dominar
a partida perante a apatia generalizada dos forasteiros.
No entanto, foi preciso esperar quase vinte minutos para
se assistir a outro lance de perigo. Tarantini ganha no
confronto com um central, entra na área, mas quase
sem ângulo só consegue proporcionar uma excelente
intervenção a Cristophe. O mesmo Tarantini,
10 minutos depois, volta a estar em destaque com um remate
que tira tinta ao poste da baliza torreense. Perante a
dificuldade dos avançados em penetrar na área,
foi Cunha a desbloquear a situação, já
em cima do apito para intervalo. Pimenta cobra um pontapé
de canto do lado direito, a bola vai ao segundo poste
onde aparece Real a amortecer para a entrada do médio
que, em posição frontal, só tem que
empurrar.
No segundo tempo, a turma
covilhanense mostrou-se menos empenhada
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Leão transfigurado na segunda parte
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Depois de uma primeira metade sem brilho, mas de grande
rigor táctico, esperava-se um pouco mais do Covilhã.
Pelo contrário, foi a turma de José Rachão
quem apareceu mais afoita, embora sem criar grandes situações
de perigo. Os jogadores serranos entraram mais nervosos
e desconcentrados, e acabaram por perder o controlo do
meio-campo. Perante este cenário, foi o Torreense
quem passou a tomar conta das operações.
Aos 61 minutos a turma forasteira chega ao golo que já
vinha a justificar. Luís Pinto é deixado
sozinho na área e, quando se prepara para rematar,
é derrubado por Cláudio. Grande penalidade
prontamente assinalada pelo árbitro Rui Silva,
que David converte.
O fantasma de jogos anteriores, em que o Covilhã
se deixa empatar depois de estar a vencer por dois golos
de vantagem, voltou a assaltar o Santos Pinto. Contudo,
os jogadores forasteiros não mostraram arte nem
engenho para ultrapassar o último reduto covilhanense,
apesar das constantes desconcentrações dos
sectores mais avançados. E até seria o Covilhã
a desperdiçar a última ocasião de
golo. Ciordeiro, entrado na segunda metade, entra pela
esquerda e cruza milimetricamente para a cabeça
de Luizinho que quis desviar tanto a bola de Cristophe,
que esta acabou por sair poucos centímetros ao
lado do poste.
Apesar da pobre exibição das duas equipas,
a vitória dos serranos é justa principalmente
por aquilo que a formação local fez nos
primeiros 45 minutos.
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