O salão nobre da
Câmara da Covilhã estava engalanado para receber
até o primeiro-ministro. Mas tamanha festa devia-se
apenas à assinatura do lançamento do concurso
que prevê a construção de um posto para
a Guarda Nacional Republicana (GNR), no Tortosendo.
Em tempo de pré-campanha todas as visitas contam
e o social-democrata Carlos Pinto, a presidir à autarquia
covilhanense fez questão de receber com toda a pompa
e circunstância o secretário de estado adjunto
do ministro da Administração Interna. Este
governante veio à Covilhã dar luz verde à
construção “de uma infra-estrutura esperada
há mais de dez anos”, garante Pinto.
A nova esquadra da GNR do Tortosendo vai estar em construção
durante 12 meses. O terreno, situado junto ao campo de futebol
do Sport Tortosendo e Benfica, no bairro do Cabeço,
foi cedido pela junta de freguesia local. Num total de 1653
metros quadrados vão ser construídos dois
edifícios.
A obra, orçada em 690 mil euros, “vem colmatar
uma das maiores carências da freguesia”, adianta
o autarca social-democrata. Esta nova esquadra vai contar
com gabinetes de apoio à vitima, com salas de investigação,
refeitório e camarata para os militares, assim como,
uma casa para o comandante do posto.
Bombeiros recebem auto-escada
Ainda que em forma de promessa, os Bombeiros Voluntários
da Covilhã (BVC) ouviram do secretário de
estado, a cedência de uma auto-escada. Uma frase
que foi “espremida” de um discurso de hora
e meia, onde Paulo Coelho se limitou a criticar o Governo
socialista e pouco mais. Chegando mesmo a mostrar alguns
“erros geográficos” quando se quis
referir à região Centro, particularmente
à Covilhã.
O equipamento agora prometido aos BVC é considerado
de “prioritário” e deve chegar ainda
este ano à corporação. O adjunto
do ministro da Administração Interna perante
tamanha promessa, não deixou de lembrar o que ainda
mais poderia ter sido feito “caso o Governo social-democrata
acabasse o mandato”.
Com o mesmo espírito de pré-campanha, Paulo
Coelho esqueceu a região e acabou a falar sobre
política nacional, criticando veementemente a actuação
do Governo socialista, de há três anos atrás,
no que respeita à pasta em questão. |