Parque Natural do Alvão





 

 

 

 

 

 

 

 

 



Trás-os-Montes


Zona de fronteira, o Minho, o Douro e Trás-os-Montes fazem desta região uma das mais belas, mas também das mais agrestes da Europa. Conservada pelas más acessibilidades, toda a zona do Interior Norte de Portugal ganha destaque redobrado no Vale da Campeã. O visitante com mais tempo pode e deve perder-se por toda a zona do Parque Natural do Alvão.
As gentes, a paisagem, o contraste entre as cores e brilho das geadas conferem a região, maioritariamente agrícola, uma beleza ímpar. Já não existem muitos lugares assim. Como que por magia, parados no tempo. Onde o viajante pode repousar da caminhada feita por trilhos de terra batida, numa das muitas casa de pasto. Retemperar as forças com um prato de cozido e apaladar-se com enchidos cozidos numa panela de ferro, a lume de brasas, composto no centro de lareiras imensas. No final, para fazer frente às temperaturas negativas dos caminhos, uma aguardente velha.
Paciência, calma e amizade são adjectivos que podem classificar um povo fronteiriço. A presença de várias culturas está patente na língua. Sinal de evidência maior, mas também no amanho da terra e na forma como é feita a pastorícia.
É uma terra de granito, material de que parecem ser feitos os seus habitantes. Para fazer frente às agruras do clima montanhoso e dos socalcos da geografia, os transmontanos gozam de força suplementar. Todo o parque, abraçando uma área geográfica de dimensões consideráveis, goza de paisagens inesquecíveis. Vale a pena perder uns dias por ali, nesta altura de frio e gelo.