O resultado não
era o mais importante, é certo, mas esperava-se
um espectáculo melhor. No último domingo,
2, o Complexo Desportivo assistiu a um jogo entre duas
equipas que já não se encontravam desde
a década de 80. O FC Porto – na sua versão
secundária – regressou à “cidade
neve” para uma partida amigável cujo principal
objectivo foi “apadrinhar” a transferência
de Nuno Coelho para o Estádio do Dragão.
O jovem médio começou, aliás, a jogar
pelos leões e, na segunda parte trocaria as camisolas
e entraria novamente em jogo de dragão ao peito.
A primeira parte começou debaixo de um Sol radioso,
que se foi extinguindo com o passar do tempo. E a qualidade
do jogo diminuiu à medida da temperatura. Depois
de uns primeiros 45 minutos interessantes, de futebol
bem jogado, embora sem grandes momentos, as quase duas
mil pessoas presentes na bancada assistiram a uma segunda
parte que, excepção feita ao golo do Porto,
não teve qualquer motivo de interesse.
O Covilhã começou melhor e logo aos cinco
minutos podia ter-se adiantado no marcador, mas Tarantini,
isolado, atira ao lado da baliza de Sacramento. Depois,
apenas por mais duas vezes o perigo rondou a baliza portista.
Rui Morais e Real, porém, não tiveram a
sorte do seu lado. No lado oposto, e face à dificuldade
em entrar na área covilhanense com a bola controlada,
os avançados forasteiros passaram a recorrer à
meia distância. Mas apenas por uma vez a baliza
de Luís Miguel foi ameaçada. Cristóvão,
de longe, atira forte, e rasteiro, mas o guardião
serrano, com uma boa estirada, desvia para canto junto
à base do poste.
Reforços já se mostram
Na segunda metade, e devido às muitas alterações
feitas por ambos os técnicos, o jogo ficou demasiado
“partido” para ter alguma linha de coerência.
Ainda assim, Tarantini e Rui Morais voltaram a ter nos
pés a oportunidade de marcar, mas a falta de pontaria,
no primeiro caso, e os bons reflexos de Vasco, no segundo,
impediram as pretensões dos jogadores locais.
Quem haveria de marcar, já com Nuno Coelho de azul-e-branco
vestido, era o Porto. Espinho, de fora da área
desfere um remate fraco, mas que tabela num defesa covilhanense
e engana Luciano. Os serranos ainda tentaram reagir ao
golo, mas o que sobrava em disponibilidade física,
faltava em esclarecimento.
A oportunidade serviu também para ver os quatro
novos reforços do Covilhã (ver caixa ao
lado). Os quatro jogadores ainda precisam de adquirir
ritmo competitivo mas mostraram alguns bons pormenores.
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