Segundo o estudo de Pires Manso,
são várias as estruturas que merecem atenção
redobrada do poder central
|
Estudo do Observatório
O futuro da Beira Interior
Fala sobre o futuro
da economia da Beira Interior o mais recente trabalho
de José Pires Manso. Professor catedrático
de economia na UBI, Pires Manso traça algumas das
possíveis saídas para a crise actual.
|
Por Eduardo
Alves
|
|
|
Chega pela mão
de José Pires Manso o mapa actual da economia da
Beira Interior. O responsável máximo pelo
Observatório para o Desenvolvimento Económico
e Social (ODES) da UBI faz o resumo da situação
actual da região, classificando-a de “má”
e aponta algumas saídas possíveis para a crise
instalada.
Segundo o catedrático em economia da UBI, “a
Beira Interior está a atravessar uma fase crucial
da sua vida”. Isto porque, a região vive fundamentalmente
dos sectores têxtil, laneiro e de confecções,
que estão agora em crise. A constatação
não necessita de grande números ou dados estatísticos,
“uma vez que estes são bem conhecidos”.
A necessidade mais premente, vai sim, no sentido de “recuperar,
reconverter e relançar algumas unidades salutares
destes sectores”, aponta o documento. Em sete páginas,
Pires Manso lança também um alerta à
classe política. Segundo o docente “são
necessários apoios que discriminem positivamente
o interior do País em relação ao litoral”.
Vectores fundamentais com maior apoio |
Desde as estradas até às empresas,
o interior necessita de variados investimentos |
Renovar as rodovias, deixar as auto-estradas sem portagens
e electrificar toda a linha ferroviária da Beira
Baixa são algumas das principais achegas que Pires
Manso deixa ao poder político local e central. Para
o responsável pelo Observatório da UBI, estas
infra-estruturas têm um forte impacto na economia
da região, daí que a sua “dinamização
seja fundamental”. Ainda neste ponto, o docente refere
também a modernização do aeródromo
da Covilhã.
Uma das principais soluções encontradas pelo
catedrático de economia está na aposta de
produtos de alta qualidade, “que não sejam
facilmente produzidos em mercados como a China ou o Japão”.
Esta medida está a ser adoptada em Inglaterra e noutros
países europeus, com “bastante sucesso”.
Para que esta meta seja atingida, “é necessário
o envolvimento das escolas industriais e comerciais”,
isto para que “se dotem as empresas de profissionais
qualificados em muitos domínios onde actualmente
há carência, como é o caso da mecânica
e da manutenção de equipamentos industriais”. |
|
|