A bancada do PSD votou
contra e os deputados da CDU e do CDS-PP abstiveram-se.
O Orçamento para 2005 ascende a 88 milhões
e meio de euros, estando prevista para as Grandes Opções
do Plano (GOP) uma verba de 73 milhões. Couto Paula,
porta-voz dos sociais-democratas, justificou o voto negativo
afirmando que a Guarda continua a ser "a cidade das
oportunidades perdidas, sem rumo e sem apostas estratégicas".
Na sua opinião, esta seria "a última
oportunidade para a câmara emendar a mão
e deixar de elaborar orçamentos do 'faz-de-contas'
e da 'treta'". Couto Paula lamentou ainda que "no
Orçamento, no lado da receita, estejam previstos
17 milhões de euros provenientes da venda de património",
ou seja, "uma gestão municipal dependente
de quase 40 por cento de receitas provenientes da venda
de património". Em resposta, Maria do Carmo
Borges, presidente da autarquia, assegurou que "a
forma de ser [da câmara] não é igual
à do Governo e, por isso, não vai ser vendido
o edifício dos paços do concelho para depois
o alugar". Cultura, mercados e feiras, ensino não
superior, transportes rodoviários, indústria
e energia e resíduos sólidos são
as áreas mais representativas das GOP. Mais uma
vez, merecem destaque a sala de espectáculos (6,9
milhões de euros), plataforma logística
de iniciativa empresarial (6,8 milhões de euros)
e a nova biblioteca municipal (1,7 milhões de euros).
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