Resíduos industriais
Responsáveis negam receber lixos de Lisboa

NC / Urbi et Orbi


O aterro de resíduos industriais banais de Castelo Branco, gerido pela Solurbe, SA, tem recebido lixos da região de Lisboa, mas "não são urbanos". Trata-se de "resíduos resultantes de tratamento mecânico de resíduos urbanos, que se encaixam no decreto-lei que regulamenta os aterros". A garantia é dada pelo administrador da Solurbe, SA, Paulino da Silva, depois de o presidente da Câmara de Castelo Branco, Joaquim Morão, ter ameaçado recorrer aos tribunais, caso o Instituto Nacional de Resíduos e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro "não adoptem medidas urgentes para pôr fim à deposição de resíduos urbanos da região de Lisboa no aterro de resíduos industriais banais". "Não são resíduos urbanos. O que está a ser feito é em estreito cumprimento da licença ambiental e de exploração. Não se percebe o tipo de preocupações com estes resíduos, que são completamente inócuos, livres de qualquer perigosidade", afirma, peremptório, Paulino da Silva. Além do aterro de resíduos industriais banais de Castelo Branco, "mais quatro ou cinco" infra-estruturas no País estão a receber estes resíduos da região de Lisboa, que, devido a um problema no seu sistema de tratamento, estão a ser encaminhados para outros aterros. O administrador assegura que o "aterro de Castelo Branco está a funcionar legalmente" e considera que "é um falso argumento" da autarquia invocar que "da memória descritiva do projecto consta que esta infra-estrutura se destina à recolha de resíduos industriais banais de Castelo Branco" para acusar a Solurbe, SA, "de não respeitar o licenciamento camarário" da construção da obra.