União de Sindicatos defende
Maternidade na Guarda


NC / Urbi et Orbi


Depois de muitas outras estruturas e pessoas o terem feito, desta feita é a União de Sindicatos da Guarda CGTP/IN a vir a público em defesa da maternidade do Hospital Sousa Martins (HSM). A estrutura sindical, em carta enviada aos principais responsáveis do País, acusa o Governo de “se desresponsabilizar da função prestadora de cuidados de saúde”, com a “intenção clara da abertura deste sector aos privados, com a finalidade de obter lucros”.
No documento remetido ao Presidente da República, Jorge Sampaio, entre outros, a União de Sindicatos faz referência aos “diversos instrumentos utilizados”, pelo Governo para atingir esse objectivo. Por exemplo, o recurso à solicitação de estudos dirigidos aos mais diversos interlocutores, com realce para o relatório da Comissão Nacional de Saúde Materna e Neonatal”.
A USG entende que “a possibilidade aventada de encerramento da maternidade do HSM, decorrente do referido estudo é, na perspectiva política e social, contrária aos interesses de quantos vivem neste distrito”. Para sustentar esta posição, a USG aponta a “preocupação vital para que haja uma resposta de proximidade na área de cuidados apropriados ao planeamento familiar e de saúde materna, particularmente carenciada”.
O organismo sindical salienta ainda o número de partos realizados nos últimos anos: mil e oito em 2001; 994 em 2002 e 915 em 2003. Para além destes dados, sustenta-se que “há diversas intervenções, muitas delas de cariz preventivo, que não são mensuráveis ou então são negligenciadas na estatística assistencial, propositadamente, por quem tem responsabilidades políticas na área da saúde”.