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O hospital de Castelo Branco está a angariar fundos para equipar a sua maternidade

Este movimento da sociedade civil surge pouco tempo depois da Comissão Nacional de Saúde Materna e Neonatal, liderada por Albino Aroso, ter recomendado num relatório entregue ao ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, o encerramento de mais de dez maternidades, entre as quais a de Castelo Branco, e a concentração do serviço no Hospital da Covilhã. Um anúncio que, recorde-se, acabou por gerar forte contestação um pouco por toda a região. Para "proporcionar um melhor atendimento às grávidas e crianças", o director do Serviço de Ginecologia/Obstetrícia do Amato Lusitano, Mário Pombo, presente no lançamento da campanha, anunciou às futuras mães que, a partir de Janeiro, o hospital vai poder administrar a analgesia epidural, que torna o parto praticamente indolor. E, em Fevereiro, deverão arrancar no hospital as aulas pré e pós-parto, cujo acesso será gratuito. A aposta do hospital é acompanhada pela sociedade civil, despertada pela ameaça de encerramento da maternidade, justifica uma das promotoras da campanha "Vamos dar as mãos", Maria de Lurdes Pombo. "Queremos contribuir para que a sociedade se consciencialize da importância do funcionamento deste departamento e possa dar o seu contributo, porque nem sempre o Estado está disponível. Ao mesmo tempo, pretendemos alertar o poder político para o facto de que a sociedade civil não adormeceu. O Hospital de Castelo Branco tem o direito de ter a sua maternidade e Pediatria a funcionar. Estamos de mãos dadas", acrescentou. Ao lado do movimento de cidadãos que agora se une em defesa da unidade materno-infantil está o especialista Mário Pombo, que reitera a necessidade de manter aberta e em funcionamento a unidade albicastrense: "Não cabe na cabeça de ninguém encerrar uma maternidade destas, num hospital com uma dimensão considerada acima da média", alega. A loja oficial da campanha é inaugurada no dia 6 de Janeiro, na Avenida de 1.º de Maio, e neste espaço estarão à venda brindes com o logótipo da campanha "Vamos dar as mãos". Também nas escolas serão instalados quiosques com os mesmos brindes. Para a segunda semana de Janeiro, está agendado um debate intitulado "Sociedade Civil e Serviço Materno-Infantil, o que queremos?". No dia 20, realiza-se no NERCAB um jantar aberto a toda a comunidade e também às empresas. Cada pessoa poderá comprar o chamado "convite dourado" que custa 100 euros. As empresas e instituições também podem contribuir com a aquisição de publicidade nas bandeiras da campanha, por 500 euros. No final, será divulgada a lista provisória das receitas apuradas e dos equipamentos a adquirir.