Está aprovado
o Orçamento de 2005. O documento aponta para “o
maior volume de obras jamais feitas no concelho”,
segundo Carlos Pinto, presidente da Câmara Municipal
da Covilhã (CMC), mas não dá tanta
confiança à oposição.
Na discussão do orçamento, logo o primeiro
de dez pontos que compunham a agenda de trabalhos, a oposição
votou contra. As contas de 2005 ficaram assim aprovadas
pelos votos da maioria social-democrata. Mas a confusão
instalou-se com a discussão e votação
da proposta que prevê a passagem das rendas da Habitação
Social para um consórcio financeiro formado por
três entidades bancárias. A CMC vai receber,
de uma só vez, 5 mil 792 milhões de euros.
Um valor que para Pinto “é essencial”.
Na óptica do social-democrata, “este tipo
de financiamento vai ajudar a recuperar todo o centro
histórico do concelho”.
Já a oposição vê esta medida
“como uma mera jogada política, visto aproximarem-se
as eleições”. Numa reunião
onde se discutiram vários assuntos, os deputados
na oposição não gostaram de saber
que esta medida das rendas vai deixar o município
“sem verbas” por um período não
inferior a 25 anos.
O orçamento votado com o qual se pretende reger
as contas de 2005 também “está baseado
num exercício financeiro pouco saudável”,
recorda Artur Meireles, do Partido Socialista. Segundo
esta força política da oposição,
para que este orçamento tenha viabilidade, “a
câmara tem que vender metade do seu património”.
Foi no meio de contas, de protestos e de obras feitas
e por fazer que os representantes das forças políticas
do concelho acabaram o ano civil. Um ano “muito
fraco” no entender da oposição, mas
“bastante rentável”, na óptica
do actual executivo camarário.
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