Por Eduardo Alves


O estudo da língua oficial de Cabinda esteve no cerne desta tese

“Ibinda” é ainda uma designação recente. Uma palavra nova que carrega toda a história de um povo. Domingos Gabriel Ndele Nzau escolheu e linguagem deste povo africano para a sua dissertação de mestrado.
Uma ideia pioneira, que contou com a ajuda de um método de análise, também ele, único. A deslocação a locais que marcaram o dialecto deste povo, as entrevistas a pessoas que falam o “Ibinda” de forma já esquecida e uma série de recolhas de provas históricas fazem parte deste novo estudo.
Para Domingos Nzau, “este tipo de estudos deviam ser mais fomentados”. Este tese de mestrado que deu ao autor o resultado final de “Muito Bom” serve, como refere o título – “Contributo para o estudo do Ibinda”, para observar “as profundas transformações que a língua oficial de Cabinda está a sofrer”.
O autor do estudo sublinha também o facto de os dialectos portugueses e africanos terem muitas coisas em comum. Mais estudos e um maior apoio à investigação são alguns dos passos a dar para corrigir a falta de bibliografia especializada sobre a temática em apreço.
Joaõ Malaca Casteleiro, professor catedrático da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria Antonieta Gomes Baptista Garcia, professora auxiliar da Universidade da Beira Interior e Machozi Tshopo-Mbangale, professor auxiliar da Universidade Lusófona, este como arguente, formaram o júri destas provas de mestrado realizadas no Auditório da Biblioteca Central.