“Ibinda”
é ainda uma designação recente. Uma
palavra nova que carrega toda a história de um
povo. Domingos Gabriel Ndele Nzau escolheu e linguagem
deste povo africano para a sua dissertação
de mestrado.
Uma ideia pioneira, que contou com a ajuda de um método
de análise, também ele, único. A
deslocação a locais que marcaram o dialecto
deste povo, as entrevistas a pessoas que falam o “Ibinda”
de forma já esquecida e uma série de recolhas
de provas históricas fazem parte deste novo estudo.
Para Domingos Nzau, “este tipo de estudos deviam
ser mais fomentados”. Este tese de mestrado que
deu ao autor o resultado final de “Muito Bom”
serve, como refere o título – “Contributo
para o estudo do Ibinda”, para observar “as
profundas transformações que a língua
oficial de Cabinda está a sofrer”.
O autor do estudo sublinha também o facto de os
dialectos portugueses e africanos terem muitas coisas
em comum. Mais estudos e um maior apoio à investigação
são alguns dos passos a dar para corrigir a falta
de bibliografia especializada sobre a temática
em apreço.
Joaõ Malaca Casteleiro, professor catedrático
da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, Maria
Antonieta Gomes Baptista Garcia, professora auxiliar da
Universidade da Beira Interior e Machozi Tshopo-Mbangale,
professor auxiliar da Universidade Lusófona, este
como arguente, formaram o júri destas provas de
mestrado realizadas no Auditório da Biblioteca
Central.
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