Alexandre S. Silva
NC/Urbi et Orbi


O Covilhã esteve em grande nos desafios realizados

Duas vitórias consecutivas em escassos quatro dias devolveram ao Sporting da Covilhã o terceiro lugar na tabela. Posição que o conjunto serrano já não ocupava desde a sétima jornada, disputada a 17 de Outubro. Em casa, frente ao Pampilhosa, na quarta-feira, 1, e na deslocação a Oliveira do Hospital, os leões venceram por números idênticos (3-1) e aproveitaram da melhor forma os deslizes dos seus adversários para ascender na tabela.
Na última quarta-feira, e perante o Pampilhosa, os comandados de Fernando Pires exibiram superioridade durante todo o encontro e até poderiam ter dado mais expressão à goleada. Tarantini, aos 25 minutos, e Luizinho, aos 45, marcaram e levaram os dacasa a vencer confortavelmente para o descanso. Mas mesmo bom foi o golaço de Rui Morais a meio da segunda parte. Uma bomba teleguiada disparada, sem aviso prévio, a mais de 30 metros da baliza que não deixou hipótese de defesa ao guardião do Pampilhosa. Já no período final, os forasteiros ainda reduziram através de um pénalti – com origem numa falta inexistente – convertido por Grilo, mas já não havia tempo para mais.
Já no domingo, em Oliveira do Hospital, os pupilos de Fanã voltaram a dar boa conta de si e deram sequência à excelente temporada que têm vindo a fazer fora do Santos Pinto – São, aliás, a equipa com mais pontos conquistados fora de casa.
E o triunfo dos covilhanenses começou a ser construído logo no minuto inicial. Real, que parece ter ganho um lugar no onze inicial, marcou o seu primeiro golo esta época na sequência de um pontapé de canto. O conjunto local parece ter acusado o golo madrugador e os forasteiros aproveitaram e não “levantaram o pé”. O Covilhã dominava a todos os níveis e, por isso, foi sem surpresa que o 0-2 surgiu aos 17 minutos. Trindade cobra um livre da esquerda, Piguita remata para defesa incompleta de João Paulo e, na recarga, Luizinho não perdoa. O avançado marcou o seu terceiro golo da época, e o segundo em dois jogos consecutivos.
Os de Oliveira do Hospital ainda esboçaram uma reacção, mas antes do intervalo o melhor que conseguiram foi um remate fraco que Luís Miguel encaixou sem qualquer dificuldade.
Perante a falta de clarividência local, o Covilhã volta a marcar ainda antes do intervalo. Oliveira, numa rápida jogada de contra-ataque, bate André Oliveira em velocidade e, sozinho perante João Paulo, faz o túnel ao guardião e coloca a bola dentro da baliza.
Na segunda metade uma tarefa hercúlea esperava os homens da casa. Mas ainda assim, não desmoralizaram os pupilos de Vítor Urbano. Mais rápidos, agressivos e, sobretudo, objectivos, entraram determinados a modificar o resultado. Mas apenas conseguiram um golo, por intermédio de Edgar, entrado minutos antes. De resto, o Covilhã desacelerou, mas não relaxou. Limitou-se a gerir o tempo e o resultado, ambos a jogar a seu favor, tentando o contra-ataque só pelo seguro. Oliveira, já em cima do apito final, ainda poderia ter dilatado, mas o remate acabou por não levar a melhor direcção.