Esta ligação faz parte da política de abertura da UBI
Protocolo entre instituições
UBI abre caminhos à SCUTVIAS

Está firmada mais uma aliança entre a Universidade e uma empresa da região. Partilhar conhecimentos, recursos humanos e experiências, com vista a um melhoramento de serviços e técnicas de trabalho são objectivos contemplados neste protocolo entre a UBI e Scutvias, concessionária da Auto-Estrada da Beira Interior.


Por Eduardo Alves


Assinados os papéis, cumpridas as formalidades, os intervenientes no mais recente projecto da UBI mostram-se satisfeitos. Estabelecer e estreitar ligações “entre a Universidade e as empresas”, é na óptica de Manuel Santos Silva, o principal objectivo deste tipo de parcerias.
O protocolo entre a UBI e a Scutvias apresenta vários pontos para que esse “e outros objectivos sejam cumpridos”, acrescenta o responsável pela instituição de ensino. A qual tem a seu cargo a realização de estudos vários relacionados com toda a estrutura da auto-estrada, “daí o Departamento de Engenharia Civil ser aquele que mais vai estar ligado à empresa”, adiantam os responsáveis. Facultar o acesso a informação especializada e a investigações que estão em curso passa também por constar no lado das obrigações da UBI. Durante os próximos anos, os técnicos da UBI vão estudar e observar vários pontos relacionados com a auto-estrada. Desde o estudo da qualidade do ar, até às transformações sócio-económicas provocadas pela via de ligação, são vários os campos de acção da Universidade.
Esta parceria de duração indefinida “vem inserir-se na política de abertura da UBI”, reitera Santos Silva. Para o reitor da instituição, “é de importância redobrada, a ligação da Universidade às empresas”. Quer para uma melhor preparação dos alunos, quer para o cumprimento de certas metas impostas pelo Processo de Bolonha, a ser implementado nos próximos tempos. Da parte da Scutvias, “este caminho de ligação” serve também “para abrir novas ligações ao resto do País”. As palavras são de António Matos Viegas, administrador delegado da Scutvias e pretendem sublinhar a importância desta parceria.
Matos Viegas sublinha também o facto de “se lidar, cada vez mais, com os processos científicos e com quem os produz”. Numa relação entre empresa e Universidade que se pretende “muito profícua”, o administrador delegado adianta que está tudo no bom caminho para que os estudos realizados na UBI, bem como, recursos humanos, técnicos e outros, “possam operar na Scutvias”.



A-23 sem portagens

À margem da assinatura do protocolo com a Universidade, Matos Viegas falou sobre o estudo das portagens. Com a queda do Governo e a dissolução da Assembleia da República, a colocação de portagens nas auto-estradas SCUT’s, fica sem efeito. O administrador delegado do consórcio que explora a A-23 lembra que “existe todo um trabalho que está a ser feito para prever os impactos das portagens”. Sobre a realização de duas reuniões com os responsáveis governamentais, Matos Viegas pouco adianta. Sublinha que “ainda estão agendadas” e que os parâmetros que levaram à sua marcação “continuam válidos”.
De entre toda a polémica em torno das portagens, Matos Viegas mostra-se bastante calmo e convicto. Isto porque “o Estado tem um contrato onde estão estipuladas obrigações para com a Scutvias”. Até agora os pagamentos que estavam agendados têm chegado no prazo delineado, a partir de 2005 “vão começar os pagamentos das portagens virtuais”, e aí poderá haver alguma diferença, acrescenta o responsável.