As considerações
de Miguel Nascimento sobre a crise política instalada
no Governo foram o único motivo de interesse da última
Sessão de Câmara. Esta reunião do executivo,
à porta fechada, foi tão parca em decisões
que o próprio edil, Carlos Pinto não se mostrou
disponível para falar aos jornalistas. Ao que parece,
nenhum dos 104 pontos discutidos ao longo de duas horas
e meia, mereceu destaque ou justificação do
autarca. Pinto avisou a Comunicação Social
através de uma funcionária da autarquia. Sem
qualquer comentário, o autarca também não
delegou em nenhum outro vereador, a função
de explicar à Comunicação Social o
que é decidido em reunião autárquica.
Miguel Nascimento não comenta esta decisão
e mostra-se disponível para falar aos jornalistas
em qualquer ocasião. O único vereador da oposição
diz mesmo que “pouco há para falar sobre a
reunião”. Uma agenda extensa que não
se traduz em medidas de vulto. “Apenas pontos de mera
gestão processual e de vida do concelho”, explica
Nascimento.
Demissão do Governo só com vantagens
Como cidade natal de José Sócrates, “a
Covilhã só tem a ganhar com a eleição
para primeiro-ministro do dirigente socialista”,
explica Nascimento. Na óptica do vereador socialista,
a decisão de Jorge Sampaio foi a mais acertada.
Desde sempre que o partido rosa “apontou para esta
solução”. A ida às urnas logo
após a saída de Durão Barroso “era
o passo mais certo”. Contudo, foram necessários
quatro meses para que “o País avaliasse este
Governo”.
Nascimento mostra-se bastante confiante na vitória
de Sócrates em Fevereiro próximo. Para o
vereador socialista, a registar-se um resultado positivo
para os rosas, “a Covilhã iria ganhar muito”.
Mais ainda “se a câmara passar a ser gerida
também por socialistas”. Nascimento continua
a dizer que está disponível para trabalhar
em qualquer lugar que o partido entenda e mostra-se “agora
mais que nunca confiante numa vitória autárquica”. |