"Continuamos
a dizer as mesmas coisas só que usamos
uma linguagem diferente e limusinas maiores”.
Foi assim que, uma vez, o vocalista da banda irlandesa
U2, Bono Vox, caracterizou a música que
cantava, isto depois de 25 anos de existência.
Ao longo dos anos, e nos diversos trabalhos que
foram fazendo, os U2 sempre tiveram o condão
de nunca se descaracterizarem, embora num ou noutro
álbum a sua tendência “rockeira”
fugisse um pouco. Neste novo trabalho, que chegou
a Portugal no passado dia 22, os irlandeses, como
afirma Bono Vox, continuam a falar de temas de
actualidade. Nada mais premente que uma crítica
a quem quer desmantelar bombas em países
que não lhes pertencem, mas desta feita,
num estilo bem mais agressivo e a fazer lembrar
os tempos do “Joshua Tree”, sem dúvida
o álbum mais marcante da banda.
Se o último trabalho, “All that you
can leave behind” vendeu mais de 11 milhões
de discos em todo o mundo, este novo disco, pelo
que se pode ouvir, poderá, sem dificuldade,
ultrapassar essa marca. O single de lançamento,
“Vertigo”, é já um sucesso
em tudo quanto é sítio onde se ouça
boa música, com a acústica e a agressividade
do tema a fazerem lembrar os tempos de “When
de streets have no name”. Mas existem outros
temas interessantes, como “A man and a woman”,
ou “Crumbs from your table”.
Para já, o sucesso de vendas começou.
Na segunda-feira, 22, em Lisboa, nas lojas FNAC,
foram muitos os fãs quiseram ser logo os
primeiros a comprar o novo trabalho, que caso
queira, vem acompanhado de um livro e de um DVD
com fotos e filmagens exclusivas aos elemntos
da banda irlandesa, tiradas em Lisboa por Anton
Corbijn. O novo disco foi gravado no estúdio
da banda em Hanover Quay, em Dublin e no Sul de
França, e produzido por Steve Lillywhite.
O primeiro espectáculo para apresentação
de “How to dismantle na atomic bomb”
está marcado para 1 de Março, na
Flórida, no início de uma digressão
que deverá trazer os U2 a Lisboa, num concerto
no estádio Alvalade XXI.