Os alunos da UBI fizeram um rastreio
visual aos meninos da Casa de Jesus na Covilhã
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Casa do Menino
Jesus
Alunos de optometria
fazem rastreio visual
Na passada quarta-feira,
24 de Novembro, os alunos de Optometria Laboratorial da
Universidade da Beira Interior (UBI) deslocaram-se à
Casa do Menino Jesus na Covilhã para efectuarem
uma série de testes de despistagem visual a crianças
entre os 4 e os 6 anos de idade.
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Por Luís
Ramos
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O projecto surgiu da iniciativa
de vários alunos, nomeadamente, Marlene Salgado e
Daniela Coelho, do 4º ano de Optometria, e dos docentes
do departamento de Física da UBI, Pedro Monteiro
e Mário Pereira. O exercício teve vários
objectivos. Para além de uma recolha de dados para
futura análise estatística, a ambientação
dos alunos num campo prático e específico,
tal como a avaliação ocular pediátrica
dum infantário, foi igualmente essencial.
“É difícil captar a atenção
de alguns, são envergonhados, mas há outros
muito energéticos, e como as crianças não
conseguem explicar-se tão bem como os adultos é
preciso muita atenção, tentar comunicar ao
máximo com elas, mas é muito divertido”
refere Marlene Salgado.
O material necessário foi transportado desde os laboratórios
da Universidade até ao infantário e as avaliações,
efectuadas em três etapas de pequenos testes ou exercícios,
começaram logo pela manhã e duraram até
às 6 horas da tarde. A primeira etapa consistia em
avaliar a visão das cores e a correcta difusão
para despistagem de irregularidades dos prismas visuais
tais como o daltonismo por exemplo. Com a ajuda de pequenas
cartas cheias de cores diversas, as crianças deveriam
poder distinguir formas salientes duma confusão pigmentada.
Na segunda parte era efectuado o famoso exercício
que consiste em reconhecer letras ao longe. Todavia, como
as crianças em questão ainda não sabem
ler foram utilizadas formas geométricas facilmente
acessíveis, um exemplo que requer uma adaptação
prática ao mundo infantil. Nesta etapa foi avaliado
o alinhamento ocular assim como a acuidade visual habitual.
Numa terceira fase foi feita a avaliação da
transparência dos meios oculares e do fundo do olho.
Neste exercício eram observados os reflexos corneais
e pupilares afim de despistar algum comportamento ocular
menos normal. Para tal era preciso captar a atenção
e o olhar da criança para uma figura, colocada ao
longe, que lhe era pedida para descrever, entretanto os
alunos de optometria observavam minuciosamente os reflexos
oculares aproveitando ao máximo os poucos segundos
e cooperação que lhes eram concedidos pelos
pequenos pupilos.
Todos os resultados e observações serão
futuramente processados para fins de estudo estatístico
não obstante casos particulares de problemas oculares
graves e de erro refractivo significativo serão comunicados
ao infantário e aos pais. No caso de ser detectado
algum problema visual, as crianças devem ser enviadas
a um optometrista ou oftalmologista - (caso se verifique
a existência de alguma patologia ocular) - para um
exame visual mais pormenorizado.
No geral os alunos adaptaram-se muito bem ao desafio pelo
qual receberam um diploma de participação,
segundo eles, a maioria dos olhinhos do Menino Jesus estão
perfeitinhos. |
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