As diferenças entre os aviões
e os automóveis foram abordadas nesta conferência
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Conferência
de Engenharia Mecânica
Automóvel versus
Avião
Ivan Camelier apresentou
as principais semelhanças e diferenças a
nível de Performance/Desempenho entre os automóveis
e os aviões.
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Por Ana Rute
Ferreira
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O principal objectivo
desta conferência é fazer com que os alunos
se sintam atraídos para aprender como é que
as forças actuam quer no caso dos aviões quer
no dos carros e qual o seu significado no que respeita à
optimização da utilização. Organizada
pelo Departamento de Electromecânica, destinada aos
alunos de Engenharia, em especial aos de Mecânica
– ramo Automóvel, realizou-se na quarta-feira,
dia 24 de Novembro, no pólo das engenharias. Este
encontro foi apenas mais um entre os numerosos encontros
que mecânica tem promovido quinzenalmente.
O orador, Ivan Camelier, professor e presidente do Departamento
de Ciências Aeroespaciais começou por fazer
uma analogia entre aviões e carros antigos, nomeadamente
nos anos 50 e 60, mostrando a evolução e as
principais características de cada um destes veículos.
A performance tem três parâmetros essenciais,
a força (a força que ambos têm que fazer
para subsistirem à resistência do ar), a potência
(quantidade de trabalho por unidade de tempo, tendo em conta
que o tempo é a força multiplicada pelo espaço
que o “corpo” percorreu) e finalmente o combustível
por quilómetro que é um dos padrões
a ter em conta como refere Camelier “hoje em dia,
é muito importante tentar minimizar os gastos de
combustível, principalmente agora, com a subida muito
acentuada dos preços destes”.
Após esta breve enumeração, foram diferenciados
cada um destes parâmetros no veículo terrestre
e no aéreo. As diferenças mais relevantes
relativamente à força é que o avião
utiliza apenas duas forças e o automóvel recorres
a três porque circula no solo. Tendo em conta a potência,
é de salientar que a potência do motor das
aeronaves é constante, já a do carro varia
devido às condicionante de “marcha” (caixa
de velocidades).
Tendo em conta o consumo de combustível num avião
é quase paralelo à velocidade, tem uma tracção
constante enquanto no veículo tem que se ter em conta
o andamento deste, isto porque podemos ir a 80 quilómetros
por hora com a quarta velocidade engrenada e gastar cinco
litros de combustível e viajar a mesma velocidade
mas em quinta velocidade e já gastar cinco litros
e meio. No caso dos motores a jacto quanto maior for a altitude
maior pode ser a velocidade e menor é o consumo.
O orador, já no final, referiu ainda que o consumo
deve ser analisado tendo em conta a distância percorrida
e o número de passageiros que o veículo pode
transportar e demonstrou que sendo assim, a variação
de consumo entre um carro (cinco passageiros) e um avião
comercial (350 passageiros) por pessoa era mínima.
A título conclusivo, Ivan Camelier mencionou que
“ para um melhor desempenho é necessário
um projecto técnico eficiente, para baixar os custos
de operação e uma utilização
optimizada para diminuir os custos de capital”.
A audiência foi bastante elevada e contrariamente
ao que era esperado, a maioria dos ouvintes era de Engenharia
Aeronáutica. Segundo Sandro Alves, aluno de Engenharia
Aeronáutica, “o tema da conferência foi
muito interessante e o orador conseguiu interagir com os
alunos e gostei como apresentou o tema, como discutiu o
mesmo”. |
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