Ana Castro e Carla
Jordão apresentaram pela primeira vez o seu espectáculo
no Teatro-Cine da Covilhã, no passado sábado,
27. Com uma mistura de som, vídeo e movimentos
corporais, as duas intérpretes pretendiam transmitir
ao público a relação estabelecida
entre duas personagens, com diferentes características.
A intenção das duas jovens, que recentemente
terminaram o curso na Escola Superior de Dança,
em Lisboa, era levar a audiência a conhecer “duas
personagens criadas por nós”.
Segundo as intérpretes do espectáculo foi
criado “um bilhete de identidade para cada personagem,
nome, idade, profissão, se estuda ou não,
se trabalha ou não, onde vive e daí foi
exploração individual de cada uma”.
A estrutura do espectáculo está previamente
estabelecida, mas no que respeita aos movimentos, “muitas
vezes são improvisados”, acrescentam os intérpretes.
A história que se pretendia transmitir consiste
“num diálogo entre duas personagens quase
opostas que estão em constante comunicação,
mas não entre elas. É uma comunicação
com uma outra pessoa exterior”. O espectáculo
nasceu de uma série de ensaios, todos eles captados
em vídeo, o que permitiu a sua estruturação.
O público, por sua vez, não esteve muito
receptível. Na plateia do Teatro-Cine encontravam-se
poucos espectadores que após o fim do espectáculo
saíram um tanto ou quanto desiludido. Em declarações
ao Urbi, um espectador afirma que “eu vim aqui para
ver dança contemporânea e não expressão
corporal”. Apesar da notória insatisfação
do público da Covilhã, as intérpretes
têm em vista apresentar o seu espectáculo
em Sintra e se se proporcionar em Vigo, Espanha.
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