A espiritualidade existencial
dos protagonistas nos romances de Vergilio Ferreira faz
com que estes conquistem a sua liberdade, segundo a análise
de João Simões na sua dissertação
de mestrado, avaliada com Muito Bom.
“A Liberdade como Conquista de uma Espiritualidade
existencial nos Protagonistas dos Romances Manhã
Submersa e Aparição, de Vergilio Ferreira”
foi o título da dissertação de mestrado
de João Simões apresentada sexta-feira,
dia 19, no auditório da Biblioteca Central da UBI.
Na obra vergiliana, a liberdade do indivíduo como
conquista de uma espiritualidade que tem por base a existência
humana não é apenas um pensamento filosófico;
reflecte-se a nível ficcional erigindo-se assim,
segundo o ponto de vista do escritor como algo intrínseco
à vivência humana.
Este trabalho de mestrado implicou para o autor uma pesquisa
filosófica muito grande, principalmente das teorias
existencialistas, uma vez que a “liberdade nos protagonistas
dos livros de Vergilio Ferreira se atinge através
de um acesso a uma espiritualidade existencial tendo como
ponto de partida o próprio eu” como explica
João Simões.
A escolha das obras “Manhã Submersa”
e “Aparição” não foi
inocente. Como as duas obras são de períodos
de maturidade de escrita diferentes em Vergilio Ferreira
servem para mostrar a abrangência do tema à
obra vergiliana.
Para o arguente da tese, Amílcar Matias “esta
é uma tese muito boa que prima por ser complexa,
com muito conteúdo mas muito concentrada e sintética”
referindo ainda que “a qualidade do português
é também irrepreensível, muito bom”,
conclui.
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