Segundo as conclusões desta
tese, os mercados nacionais de têxtil não
estão preparados para os concorrentes chineses
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Mestrado em
Gestão
O Marketing nas empresas
do vestuário
A concorrência
dos mercados estrangeiros torna necessária a inovação,
o investimento e a formação, bem como apostar
numa imagem de marca, que identifique o produto. São
estas algumas das conclusões de António
Coelho.
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Por João
Simão
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Em Janeiro de 2005 o mercado
do vestuário vai ser completamente liberalizado e
as empresas portuguesas não estão preparadas
para competir com mercados como o chinês, por exemplo.
A tese de mestrado de António Coelho reflecte sobre
as politicas de marketing aplicadas pelas empresas exportadoras
de vestuário e alerta para problemas na gestão
de marketing e da empresa. Esta dissertação
foi avaliada com a classificação de Bom com
distinção.
“Politicas de Marketing na Exportação
das Empresas Portuguesas de Vestuário” foi
o título da dissertação de mestrado
que o agora mestre António Coelho apresentou dia
17 de Novembro na Universidade da Beira Interior na sala
7/21 do bloco 7 do Pólo IV.
Esta tese surge depois da publicação de um
estudo que apresenta dois cenários para as empresas
portuguesas, “no caso especifico do sector do vestuário
aponta para o desaparecimento de cerca de 600 a 700 empresas,
o que representa a diminuição de 40 a 50 mil
postos de trabalho, ou seja, 50 por cento dos empregos no
sector” explica António Coelho. Posto isto
estudou o caso especifico das empresas exportadoras através
de um inquérito com 50 perguntas.
Como resultado do estudo para a elaboração
da tese de mestrado António Coelho alerta para entrada
de empresas muito competitivas do mercado chinês,
o que agravará a actual situação que
as empresas nacionais vivem. “A partir de Janeiro
de 2005 com a completa liberalização do mercado
dos vestuários podemos ter fatos chineses a 50 euros,
a qualidade é inferior, mas há também
empresas portuguesas que apostam nesse segmento e não
poderão competir com tamanha concorrência”
alerta. Como solução para fazer face a esta
futura concorrência aposta na inovação
e na formação. Considera também “muito
importante apostar no design e na imagem de marca, até
como forma de as empresas nacionais se diferenciarem da
futuras concorrentes chinesas”, que apostando no baixo
preço e fraca qualidade ficarão com a gama
mais baixa do mercado do vestuário.
Para o arguente da tese, Manuel Avelino de Jesus (IST-UTL)
esta estava “muito bem escrita e apresentada, algo
cada vez menos frequente”. Acrescenta ainda como pontos
positivos “a capacidade de colocar bem o tema central
da tese e para além de muita informação
bibliográfica ter ainda informação
exclusiva adquirida através dum questionário
com uma amostra muito boa”. |
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