Um doutoramento que pretende encontrar
valores de purificação de proteínas
em escala industrial
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Doutoramento
em Bioquímica
Avanço no estudo
do manuseamento das proteínas
Como purificar proteínas
em laboratório e encontrar os valores para esta
purificação se realizar em quantidades industriais,
foi a solução que surgiu do doutoramento
de Ana Cristina Cabral, apresentado na UBI e que recebeu
unânime aprovação do júri.
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Por João
Simão
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Apresentado na Sala dos
Actos na Reitoria da UBI na segunda-feira, dia 22 de Novembro,
“Fundamental aspects of protein adsorption on hydrophobic
interaction chromatography” foi o título da
tese de doutoramento de Ana Cristina Cabral.
Com esta tese a autora estudou a cromatografia que é
usada na separação de bio-moléculas,
depois muito importantes em termo de saúde, por exemplo.
Quando se trabalha em laboratório e faz-se a purificação
numa gama muito mais baixa que em termos industriais. Porém
o que se pretende na industria é fazer a separação
em grandes quantidades e que a proteína saia efectivamente
purificada. Para se fazer este estudo usam-se unidades piloto
em quantidades pequenas e depois procura-se fazer uma extrapolação
para as quantidades industriais. No entanto no processo
de extrapolação para níveis industriais
ocorrem muitos erros. No doutoramento é usado um
aparelho em que se pode simular em condições
muito idênticas ao ambiente industrial, evitando assim
os erros de extrapolação.
Ana Cristina Cabral pretende com este trabalho “contribuir
para que se perca menos tempo e seja mais barato a purificação
de proteínas” diz.
Este trabalho é como que uma continuação
do estudo realizado no doutoramento do Prof. João
Queiroz, orientador de estágio. “Estes estudos
tinham sido realizados sobre vários suportes, faltava
no entanto saber o que se passava nesses mecanismos”
explica Ana Cristina Cabral.
Depois do doutoramento Ana Cristina Cabral pretende continuar
a investigar porque “ainda há coisas na tese
que carecem de ser provadas com medidas concretas e há
ainda ramificações de estudo em aberto”.
A maior parte dos capítulos da tese já se
encontram publicados, faltando apenas as conclusões,
facto que para Duarte Miguel Prazeres, um dos arguentes
da tese, é “importante e reflecte o valor da
tese.”
A tese escrita em inglês “a língua universal
da ciência” como frisou a autora deve-se ao
facto de um orientador de tese falar nessa mesma língua. |
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