Polémica do encerramento
Sindicato de enfermeiros
critica estudo sobre maternidades

NC / Urbi et Orbi


A Direcção Regional de Castelo Branco do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses critica os resultados de um estudo encomendado pelo Ministério da Saúde que recomenda o encerramento das maternidades que fiquem aquém dos mil e 500 partos por ano. Em comunicado, o Sindicato manifesta ainda "profunda decepção pelas recentes notícias" sobre o eventual encerramento de maternidades na Beira Interior. E classifica ainda como "acto de coragem" o facto de a comissão [que elaborou o estudo] "assumir e defender a possibilidade do encerramento de Maternidades, nestes dois distritos [Castelo Branco e Guarda]".
"Matérias desta natureza, tão delicadas, geradoras de incertezas, desconfianças, inseguranças e angústias a todos aqueles que delas venham a necessitar, bem como aos profissionais que nelas trabalham, merecem ser tratadas com mais cuidado e as pessoas envolvidas devem ser respeitadas", refere o comunicado do Sindicato. A estrutura sindical considerou "útil e necessário que se tornem públicos os dados e estudos existentes, por forma a impedir especulações e incertezas".
O ministro da Saúde, Luís Filipe Pereira, reagiu esta semana à divulgação de informações sobre o estudo, classificando como "meras especulações" as "hipóteses levantadas até agora na comunicação social" sobre o eventual encerramento de maternidades.
Segundo o ministro, existe apenas um relatório preliminar de um estudo encomendado há cerca de nove meses a uma comissão de especialistas [Comissão Nacional de Saúde Materna e Neo-natal] com vista à "racionalização de serviços com a valência materno-infantil, visando a melhoria, a segurança e garantia de qualidade dos cuidados hospitalares".