Foi com intervenções
acaloradas de munícipes que o executivo camarário
covilhanense realizou a última reunião pública.
No salão nobre, uma dezena de pessoas apresentaram
reclamações sobre casas, rendas e projectos
intermináveis que a câmara “não
resolve”, sublinha Francisco Leão, morador
na cidade serrana.
O maior tempo “dado às pessoas”, como
refere Alçada Rosa, quase não foi notado
por quem tem reclamações. Nas palavras do
vice-presidente, esta forma de reuniões públicas,
com um número reduzido de pontos de trabalho, “dá
mais tempo aos munícipes para apresentarem os seus
problemas à autarquia”.
A polémica em torno do número de pontos
na agenda da Câmara da Covilhã surgiu há
cerca de duas semanas. Na última reunião
privada do executivo camarário, o vereador da oposição,
Miguel Nascimento, referiu que “foram colocados
mais de cem pontos em apreço”. Um número
que no entender do vereador socialista, “se torna
exagerado”. Em comparação a uma “agenda
de dimensão gigantesca”, está a ordem
de trabalhos da reunião pública, “onde
não se discutem mais de dois ou três pontos”,
sublinha Nascimento.
Recordar velhas promessas
O socialista sublinha que esta questão das agendas
tem a ver com o presidente do executivo camarário.
Carlos Pinto é quem define o número de pontos
a discutir. Como tal, Nascimento diz que esta reunião
pública já contou com mais um ou dois assuntos,
mas “ainda se poderiam discutir muitos mais”.
Aproveitando a “onda de protestos” dos munícipes,
Nascimento questionou os vereadores da cultura e do desporto
sobre o andamento das “cartas da educação
e do desporto, do parlamento da juventude e do fórum
do associativismo”. Projectos avançados por
esta câmara e “que estavam para ser apresentados”,
mas que Nascimento ainda não viu no terreno. Os
vereadores em causa apenas referiram que estes projectos
estão concluídos dentro em breve.
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