Por Eduardo Alves


O número de pontos discutidos em cada reunião tem estado na ordem do dia

Foi com intervenções acaloradas de munícipes que o executivo camarário covilhanense realizou a última reunião pública. No salão nobre, uma dezena de pessoas apresentaram reclamações sobre casas, rendas e projectos intermináveis que a câmara “não resolve”, sublinha Francisco Leão, morador na cidade serrana.
O maior tempo “dado às pessoas”, como refere Alçada Rosa, quase não foi notado por quem tem reclamações. Nas palavras do vice-presidente, esta forma de reuniões públicas, com um número reduzido de pontos de trabalho, “dá mais tempo aos munícipes para apresentarem os seus problemas à autarquia”.
A polémica em torno do número de pontos na agenda da Câmara da Covilhã surgiu há cerca de duas semanas. Na última reunião privada do executivo camarário, o vereador da oposição, Miguel Nascimento, referiu que “foram colocados mais de cem pontos em apreço”. Um número que no entender do vereador socialista, “se torna exagerado”. Em comparação a uma “agenda de dimensão gigantesca”, está a ordem de trabalhos da reunião pública, “onde não se discutem mais de dois ou três pontos”, sublinha Nascimento.

Recordar velhas promessas

O socialista sublinha que esta questão das agendas tem a ver com o presidente do executivo camarário. Carlos Pinto é quem define o número de pontos a discutir. Como tal, Nascimento diz que esta reunião pública já contou com mais um ou dois assuntos, mas “ainda se poderiam discutir muitos mais”.
Aproveitando a “onda de protestos” dos munícipes, Nascimento questionou os vereadores da cultura e do desporto sobre o andamento das “cartas da educação e do desporto, do parlamento da juventude e do fórum do associativismo”. Projectos avançados por esta câmara e “que estavam para ser apresentados”, mas que Nascimento ainda não viu no terreno. Os vereadores em causa apenas referiram que estes projectos estão concluídos dentro em breve.