"Colateral"
de
Michael Mann
Michael
Mann retrata no seu mais recente filme a noite de Los
Angeles. Para conhecer o ambiente urbano durante a noite,
nada melhor que observá-lo através do olhar
de um taxista, alguém que conhece todos os cantos
e recantos da cidade. Max (Jamie Foxx) é taxista
há 12 anos, mas faz questão de referir repetidamente
que este trabalho é apenas um "part-time"
porque convictamente acredita que melhores tempos virão.
Tom Cruise (Vincent) é neste filme o mau da fita.
Um assassino profissional que numa noite aparentemente
tranquila aluga o táxi de Max para matar cinco
pessoas, cinco testemunhas-chave num importante processo
relacionado com o narcotráfico. O "taxista"
acaba por ser uma vítima colateral desta acção
e, apesar do medo que sente, tenta evitar que o cliente
prossiga com a sua missão. O filme desenvolve-se
de uma forma relativamente linear e previsível,
mas nunca deixa de nos entreter.
Colateral reinventa o espaço nocturno como elemento
básico do policial urbano. De salientar que, neste
filme, a cidade de Los Angeles é filmada totalmente
em formato digital. O resultado é bom e transmite
um realismo impressionante cujos resultados são
de uma beleza invulgar e verdadeiramente arrebatadora
o que só vem realçar o poder que o digital
está a alcançar.
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