O Programa de Investimento
e Despesas de Desenvolvimento da Administração
Central (PIDDAC) para 2005 funciona como "instrumento
para ludibriar as populações", garante
Vladimiro Vale, membro da Direcção da Organização
Regional de Castelo Branco (DORCB) do Partido Comunista
Português (PCP). Para além de obras que "desaparecem"
do projecto, as acusações continuam com
a recordação de promessas de obras ainda
por cumprir e com a "falta de sensibilidade"
do Governo para os problemas do Interior.
As medidas "gravosas" tomadas pelo executivo
de Santana Lopes vêm "penalizar" o distrito
de Castelo Branco, defende o PCP. O PIDDAC "deveria
ser um compromisso honesto", sustenta o partido,
ao considerar o aumento do desemprego na zona raiana e
as promessas de obras não cumpridas. Mas a crítica
continua com a referência às verbas destinadas
ao concelho de Idanha-a-Nova, cerca de quatro mil e 500
"ridículos" euros, que no parecer comunista
"nem para começar dá". Os comunistas
asseguram que o investimento público "não
combate" as assimetrias regionais, mas agrava os
níveis de desenvolvimento entre Litoral e Interior.
Por considerarem que as populações merecem
uma explicação acerca de obras, atentam
para o desaparecimento do projecto no Parque Natural do
Tejo Internacional no PIDDAC. Também a não
inclusão dos IC8, IC31 e IC6 no programa, ainda
que prometidos pelo Governo, é questionada por
Vladimiro Vale. Mas existem outros casos, como a ESART
em Castelo Branco que, apesar de descrita, não
teve verbas atribuídas.
PCP desmistifica subida de verbas
Apesar do total de verbas previstas, pelo PIDDAC para
2005, ser superior ao anterior programa, os comunistas
assumem que não chegará para "compensar"
o que o distrito de Castelo Branco "perdeu nos últimos
dois anos". Depois de analisar o programa de investimento,
os comunistas da região enviaram para o grupo Parlamentar
do partido uma série de propostas de obras que
consideram "estruturantes e essenciais". Entre
elas, encontram-se o Centro de Artes da Covilhã,
o Parque Industrial de Belmonte, a Barragem do Alvito,
a construção da ligação de
Penamacor à A23, o IC31 (que liga Alcains a Monfortinho)
e a rectificação da estrada 238,entre Tomar
e Sertã. São cerca de duas dezenas de projectos
para os quais o PCP chama a atenção, referindo
que se vão "bater por eles, porque são
necessários".
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