Esta feira é uma tradição
que se arrasta há várias décadas
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Feira de Todos
os Santos em Alcains
Décadas de tradição
A Feira de Todos
os Santos em Alcains, no passado dia 1 de Novembro, assinalou
mais um ano de tradição, onde não
puderam faltar os frutos secos que marcam esta época,
sobretudo as castanhas, a jeropiga e algum do artesanato
típico da Beira Interior.
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Por Sandrina
Leão
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Em nome da tradição
realizou-se mais uma vez a Feira de Todos os Santos na vila
de Alcains. Após várias décadas “esta
feira tem evoluído principalmente nos últimos
anos. "Era um terço do que é hoje"
conta João Barata, um dos visitantes assíduos.
“Vendiam-se castanhas, nozes, maçãs
e pouco mais.”
O tempo passou e a feira cresceu, este ano puderam encontrar-se
muitas bancas com os mais diversificados produtos. Desde
o artesanato regional, passando pelo vestuário e
pela ourivesaria, até ao leque variado de frutos
secos entre os quais se destacaram as nozes e as castanhas,
.
Para a maioria dos artesãos alcainenses esta feira
é a mais esperada do ano, pois é nesta altura
que os seus “produtos têm mais saída”.
O Urbi et Orbi falou com João Batista e Arminda Batista,
artesãos de latoaria há mais de quarenta anos.
Para eles o negócio “está melhor do
que nunca” uma vez que “a divulgação
e o gosto por este tipo de artesanato evoluiu, passando
dos mais velhos para os mais jovens”.
Por outro lado, Ana Mingacho vendedora de cestos, alcofas
e outras peças de vime vê o seu “artesanato
ser afectado ano após ano pela indústria de
plásticos”. Caso idêntico é o
de Estevão Crujeiro, o último dos artesãos
de uma indústria tradicional que em tempos floresceu
em Alcains: a chapelaria. Para este vendedor “já
lá vai o tempo em que na Feira de Todos os Santos
vendia sessenta ou setenta chapéus”.
As bancas de castanhas e da típica jeropiga são
a principal atracção da feira. Centenas de
alcainenses vieram juntar-se no centro da vila para se deliciarem
com as castanhas assadas acompanhadas com jeropiga. Neste
sentido, os alcainenses aproveitaram este encontro anual
não só para comprarem os produtos que mais
lhes interessam, mas também para participarem no
convívio partilhado pela população
neste dia do ano.
O dia 1 de Novembro marcou igualmente outro acontecimento
importante para os habitantes da vila, principalmente para
os mais jovens. Não acontece à luz do dia
e é um enorme e singular convívio à
escala local. Grupos de jovens com idades compreendidas
entre os 16 e os 34 anos de idade, juntam-se todos os anos
conforme a sua faixa etária para comemorar mais um
ano de existência. Segundo Liliane Barata “esta
é sem dúvida a melhor forma de comemorar o
dia feriado” afirmando ser “o melhor dia do
ano essencialmente pelo convívio entre os jovens”
A Feira de Todos os Santos “fica todos os anos no
coração dos alcainenses” garante Emília
Brito “não só pelo carácter festivo,
mas também pela vertente religiosa que marca o dia
1 de Novembro”. |
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