O sector têxtil deve ser
protegido por medidas económicas
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Economia dos
tecidos
Sindicato defende medidas
de protecção
ao têxtil
O presidente do Sindicato
Têxtil da Beira Baixa (STBB) defende que Portugal
deve adoptar medidas de protecção face à
eliminação das quotas de importação
têxtil na União Europeia.
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NC / Urbi et
Orbi
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Portugal "não
pode ser um menino bem comportado, enquanto os EUA e outros
países europeus assumem medidas de protecção
dos seu produtos", alerta Luís Garra.
"A economia portuguesa não soube aproveitar
os fundos comunitários para ser mais forte e competitiva.
É periférica e extremamente exposta a espirros
de outros lados do mundo", critica.
A Comissão Europeia anunciou formalmente na última
semana o fim das quotas de importação de produtos
têxteis a partir do início do próximo
ano. A proposta da Comissão inclui um sistema de
controlo das importações chinesas, mas que
para o presidente do STBB é insuficiente. Segundo
Luís Garra, "não nos podemos comportar
como se nada estivesse a acontecer e todos cumprissem com
as regras".
O sindicalista aponta o dedo à concorrência
desleal "da China e outros países, que não
cumprem as regras mínimas do ponto de vista social,
fiscal e financeiro e que adulteram completamente as regras
de mercado". Por isso, defende, têm que ser tomadas
medidas firmes. "O trabalho infantil ou escravo é
igual em qualquer país do mundo", sublinha.
Neste contexto, Luís Garra aponta a má gestão
e a descapitalização das empresas portuguesas
como um problema chave, "que agora é agudizado
com esta eliminação de quotas".
Também na última semana, o presidente da Associação
Nacional dos Industriais de Lanifícios (ANIL), José
Robalo, alertou para a insuficiência das medidas da
Comissão Europeia para atenuar o impacto da abertura
de mercados. "Saúdo a tomada de posição
de várias entidades, como a ANIL", refere Garra,
recordando, no entanto, que "no início do último
ano convidámos todas as associações
patronais para equacionarmos tomadas de posição
conjuntas sobre a matéria". "Na altura
foi-nos dito que o problema não podia ser visto assim
e que éramos [enquanto país] muito pequenos",
lamenta o sindicalista, para quem "só a conjugação
de várias forças pode fazer com que a pressão
cresça.
A proposta da Comissão Europeia carece ainda da aprovação
dos Estados-membros, sujeitos a fortes pressões da
parte dos industriais europeus. Entre 1 de Janeiro e 31
de Março de 2005, os produtos despachados em 2004
serão submetidos de forma transitória ao regime
de quotas. |
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