Todos os centros históricos do concelho vão agora estar a cargo desta sociedade requalificadora
Empresa municipal
Recuperar centros históricos

Está aprovada a constituição de uma sociedade de requalificação urbana para todo o concelho da Covilhã. A empresa com capitais estatais vai começar a trabalhar no terreno dentro em breve.


Por Eduardo Alves


Recuperar o património camarário que se situa nos centros históricos de todas as localidades do concelho é a principal função da mais recente sociedade camarária. Uma empresa que será presidida pelo actual vereador do urbanismo, João Esgalhado e que conta com um capital inicial de 500 mil euros.
Carlos Pinto, presidente da Câmara da Covilhã apresentou esta decisão momentos depois de ser conhecida a aprovação da empresa. Esta sociedade de requalificação urbana era já aguardada há algum tempo pelos órgãos camarários. Todas as zonas históricas do concelho são abrangidas pelo campo de acção da dita sociedade. Os imóveis que pertencem à câmara são os primeiros a receber cuidados por parte deste novo organismo. Requalificar e intervir nestes mesmos imóveis vai ser um dos primeiros passos da sociedade.
Entretanto, para os autarcas, uma outra valia desta sociedade “será o facto de poder agir legalmente no sentido de levar os privados a recuperar os seus imóveis”. Carlos Pinto diz que o património da câmara passa agora para as mãos da sociedade. As negociações com os privados “vão também decorrer de forma mais célere”, acrescenta o social-democrata. O vereador da oposição, Miguel Nascimento mostrou-se agradado com a criação desta empresa. Na óptica de Nascimento, “é necessário limpar a face mais degradada dos centros urbanos”.

Garagem de São João recuperada

Ainda que não seja por intermédio da sociedade de requalificação, o edifício conhecido como “Garagem de São João” vai sofrer obras de remodelação. Segundo o presidente da autarquia covilhanense, o proprietário e a câmara chegaram a acordo quanto ao destino a dar ao edifício. Toda a parte de rés-de-chão vai ser transformada em área comercial, quanto aos restantes pisos, vão ser destinados a habitação. Esta intervenção, “que vai limpar a imagem do imóvel”, diz Pinto, vai ser realizada pelo proprietário. Por outro lado, a autarquia vai intervir em todo o largo de São João de Malta. O espaço fronteiriço à garagem vai sofrer obras de melhoramento.