Segundo o Sindicato de Professores, as consequências do concurso de colocação ainda se fazem sentir
Antecipar concurso pode ser solução
Colocação de professores ainda se debate

O problema da colocação de professores foi o principal motivo que levou o SPZC a organizar uma conferência entre docentes.


Por Ana Almeida


O Sindicato de Professores da Zona Centro (SPZC) reuniu-se, no passado dia 29 de Outubro, na UBI, para discutir o problema da colocação de professores nas várias escolas do País.
O principal objectivo desta conferência foi unir a classe docente da região, “no sentido de serem ouvidos e poderem opinar sobre a questão do resultado da colocação dos professores”, explica o dirigente do Sindicato de Professores de Castelo Branco, Nuno Rolo.
O atraso da lista de colocações de professores levou a que o SPZC tomasse esta iniciativa, mostrando possíveis soluções para que esta situação no sistema educativo não volte a acontecer. “Não temos problemas em acusar o Ministério da Educação de incompreensão perante os professores e incompetência em resolver determinadas questões”, reivindica Nuno Rolo.
Uma das medidas que o SPZC aprova passa pela antecipação do concurso de professores, de forma a que “os resultados sejam divulgados correctamente e nas datas previstas”, explica Rolo.
As consequências do atraso das colocações está a ter repercussões
quer a nível social, quer a nível profissional para os professores. A
instabilidade familiar e a própria disponibilidade dos docentes foi
afectada, sendo “uma situação grave, que o Ministério da Educação não teve em conta”, esclarece Nuno Rolo.
Para Gabriel Constantino, dirigente da Federação Nacional dos
Sindicatos da Educação (FNE), “o sistema educativo em Portugal está mal, pelo que é necessário alterar uma série de questões”.
Nesta conferência foi ainda debatida a questão da diferença entre o
ensino particular e o ensino público. “Os alunos das escolas públicas
sentem-se numa situação de inferioridade em relação aos alunos do
particular, que tiveram aulas desde o início de Setembro”, salienta Gabriel Constantino.