Parece estar resolvido
o mal-estar entre Carlos Pinto, presidente da Câmara
Municipal da Covilhã e alguns jornalistas. Foi
um autarca mais “alegre” e prestável
que apresentou, aos vários órgãos
de comunicação social da região,
os pontos tratados na última sessão camarária.
A votação do Plano de Orçamento de
2005 da autarquia e dos Serviços Municipalizados
de Águas e Saneamento (SMAS) foi o que mais se
destacou, na óptica do edil social-democrata. Para
Pinto "este é um orçamento de continuidade”.
Com números muito próximos do orçamento
feito para o ano transacto, cerca de 100 milhões
de euros, o plano de gastos da autarquia serrana prevê
a conclusão de várias obras na cidade e
freguesias “e o começo de outras tantas”.
De entre essas empreitadas, Pinto destaca o prolongamento
da rua da Saudade, “até à nova Rotunda
do Rato”, a construção de um jardim-de-infância
no Tortosendo e a requalificação da zona
envolvente à ponte Mártir-in-Colo. De entre
um pacote de novas intervenções, o autarca
destaca o arranjo da ponte e do centro de Cantar Galo
e da praça principal do Teixoso, assim como, o
melhoramento das estradas entre o Teixoso e Verdelhos
e entre o Pereiro e São Jorge da Beira. Intervenções
e números que não deixam suficientemente
convencido o vereador da oposição. O socialista
Miguel Nascimento, que se absteve na votação
deste orçamento aponta para o facto de ter tido
“cerca de uma semana para estudar todas estas contas”.
Contudo, daquilo que viu, Nascimento alerta para o facto
deste orçamento “apresentar um decréscimo
de 5,5 por cento de investimentos globais”. Segundo
o único vereador da oposição, este
exercício financeiro da autarquia covilhanense
é suportado “devido à venda que quase
metade do património da câmara”. Daí
que Nascimento classifique este orçamento de “não
exequível”. Para o socialista, as contas
apresentadas pela câmara estão longe de constituir
um salutar exercício financeiro.
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