Por Filipa Minhós


Segundo esta tese, a preparação mental é um factor decisivo para bons resultados desportivos

Na passada sexta-feira, dia 29 de Outubro, Maria Helena Freitas de Sousa apresentou a sua dissertação de Mestrado intitulada “A eficácia da visualização mental na aprendizagem do lançamento da passada no basquetebol” na Sala de Conselhos da Universidade da Beira Interior (UBI).
O estudo de Maria Helena de Sousa, aprovado pelo júri com a classificação de Muito Bom, consiste em comprovar a importância da dimensão psicológica do treino mental no desporto, nomeadamente no basquetebol. “A visualização mental é uma actividade cognitiva primária do ser humano. Logo, a preparação do atleta em termos psicológicos é tão importante como a preparação física” – explica a autora do trabalho.
A visualização mental é um processo básico do raciocínio do Homem para o tratamento da informação e facilita uma captação adequada – na medida em que se adequa à realidade – coerente com as exigências da situação. Segundo Helena de Sousa, “basicamente o treino mental consegue reproduzir o maior número de imagens, o mais aproximadas possível da realidade”.
A autora, que se encontra actualmente a leccionar Educação Física, aplicou a sua tese a alunos do 3º ciclo, com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos, cuja maturidade psicológica ainda não está suficientemente desenvolvida. A docente tentou incitar nos alunos atitudes positivas face ao que o treino mental lhes poderia proporcionar na prática diária. “Através do treino psicológico, ensinei técnicas aos meus alunos para se sentirem mais relaxados e para aumentarem os seus níveis de atenção e concentração, o que também pode ser benéfico para todas as outras disciplinas escolares”, refere Maria Helena de Sousa.
A professora de Educação Física compara o treino mental ao treino físico de alta competição, na medida em que “ambos têm objectivos muito claros e requerem métodos muito precisos e muita prática regular e contínua”. Apesar das exigências de um programa escolar que deve ser cumprido, a docente realiza exercícios mentais com os seus alunos, sempre que é possível.
A prova de Mestrado teve como júri Pedro Guedes, presidente do júri, José Augusto Alves, professor coordenador da Escola Superior de Desporto de Rio-Maior e Fernando Franco de Almada, professor associado da Universidade da Beira Interior.