Na passada sexta-feira,
dia 29 de Outubro, Maria Helena Freitas de Sousa apresentou
a sua dissertação de Mestrado intitulada
“A eficácia da visualização
mental na aprendizagem do lançamento da passada
no basquetebol” na Sala de Conselhos da Universidade
da Beira Interior (UBI).
O estudo de Maria Helena de Sousa, aprovado pelo júri
com a classificação de Muito Bom, consiste
em comprovar a importância da dimensão psicológica
do treino mental no desporto, nomeadamente no basquetebol.
“A visualização mental é uma
actividade cognitiva primária do ser humano. Logo,
a preparação do atleta em termos psicológicos
é tão importante como a preparação
física” – explica a autora do trabalho.
A visualização mental é um processo
básico do raciocínio do Homem para o tratamento
da informação e facilita uma captação
adequada – na medida em que se adequa à realidade
– coerente com as exigências da situação.
Segundo Helena de Sousa, “basicamente o treino mental
consegue reproduzir o maior número de imagens,
o mais aproximadas possível da realidade”.
A autora, que se encontra actualmente a leccionar Educação
Física, aplicou a sua tese a alunos do 3º
ciclo, com idades compreendidas entre os 12 e os 14 anos,
cuja maturidade psicológica ainda não está
suficientemente desenvolvida. A docente tentou incitar
nos alunos atitudes positivas face ao que o treino mental
lhes poderia proporcionar na prática diária.
“Através do treino psicológico, ensinei
técnicas aos meus alunos para se sentirem mais
relaxados e para aumentarem os seus níveis de atenção
e concentração, o que também pode
ser benéfico para todas as outras disciplinas escolares”,
refere Maria Helena de Sousa.
A professora de Educação Física compara
o treino mental ao treino físico de alta competição,
na medida em que “ambos têm objectivos muito
claros e requerem métodos muito precisos e muita
prática regular e contínua”. Apesar
das exigências de um programa escolar que deve ser
cumprido, a docente realiza exercícios mentais
com os seus alunos, sempre que é possível.
A prova de Mestrado teve como júri Pedro Guedes,
presidente do júri, José Augusto Alves,
professor coordenador da Escola Superior de Desporto de
Rio-Maior e Fernando Franco de Almada, professor associado
da Universidade da Beira Interior.
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