Tarantini
e Oliveira incrédulos após mais uma perdida
do ataque serrano
Ficha
do Jogo
Campo
de Jogos Estádio José Santos Pinto (Covilhã)
(24-10-2004)
Árbitro:
Sérgio Pereira
Auxiliares: F. Montenegro e Rui Pinto
Sp.
Covilhã - 1
Luís Miguel, Cláudio, Piguita, Banjai,
Rui Morais, Nuno Coelho, Cunha, Zé d'Angola
(84), Tarantini, Kaká, Trindade (70), Luizinho
e Oliveira.
Treinador: Fernando Pires
Sanjoanense
- 1
Bruno, Alex, Marquitos (44), Vicente, Rui Pedro,
Nuno Baptista, Dinis, Carlitos (86), Moita, Miguel
Tomás, Marcos António (63), Quim
Pedro, Nino e Toninho.
Treinador: Kikas
Ao
Intervalo: 1 - 0
Disciplina:
cartão amarelo a Oliveira (22), Moita (38),
Dinis (74), Toninho (76), Vicente (6), Nuno Baptista
(90) e Rui Morais (90).
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Leões
cedem empate a três minutos do fim
Tanto desperdício só
podia dar mau resultado
Numa partida em que
até poderia ter goleado, o Covilhã não
consegue evitar o empate a escassos minutos do fim. A
equipa cresce e melhora de jogo para jogo mas, no capítulo
da finalização, tem que trabalhar mais e
melhor.
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Alexandre
S. Silva
NC/Urbi et Orbi |
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Dá mesmo gosto ver jogar este Covilhã. Pelo
menos nos primeiros dois terços do terreno. Uma
defesa segura e sólida, que ultrapassa quase todas
as dificuldades com eficiência e pragmatismo, ou
não fosse o sector mais experiente do plantel,
e um meio-campo que, apesar do pouco músculo e
da tenra média de idades, se impõe pela
inteligência e pela rapidez de processos, tornam
fluído, e o futebol dos leões. Mas à
frente, há falta de confiança, falta de
discernimento e… falta de pontaria.
O jogo do último domingo, no Santos Pinto, frente
à Sanjoanense de Kikas, as deficiências da
equipa neste capítulo voltaram a notar-se. Sem
exagerar, a formação serrana teve, à
vontade, mais de uma dezena de oportunidades flagrantes
para marcar. Mas apenas por uma vez o conseguiu. E no
futebol, reza o velhinho ditado, quem não marca…
sofre. E foi o que aconteceu.
Durante cerca de 80 minutos os leões da Serra tiveram
o controlo absoluto da partida. Um controlo assente no
poder de recuperação do jovem Nuno Coelho,
a jogar à frente da dupla de centrais (Piguita
e Banjai), e na capacidade de transporte de bola de Tarantini
e Káká (pela meia-esquerda e meia-direita,
respectivamente). Tudo funcionava bem e a um ritmo aceitável.
Os jogadores sanjoanenses, de cabeça perdida, faziam
o que podiam, e era muito pouco. Nem as subidas constantes
dos laterais Cláudio e Rui Morais conseguiam evitar.
As constantes movimentações dos covilhanenses
abriam, repetidamente, brechas na defesa nortenha que,
de repente, se via em inferioridade numérica perante
uma autêntica avalanche atacante serrana. Mas depois…
depois vinha ao de cima o pior do Covilhã. Excepção
feita ao golo de Oliveira aos 20 minutos (Luizinho ganha
no meio-campo e lança Káká na direita
que cruza rasteiro ao segundo poste para a entrada do
avançado que só tem que empurrar), os ataques
serranos esbarravam ora no guarda-redes Bruno, ora na
displicência dos próprios jogadores da casa.
Já antes do golo, Oliveira tinha falhado de forma
incrível na cara de Bruno. Depois foi o guardião
forasteiro a adiar o golo serrano com uma defesa fantástica
a um não menos surpreendente remate de Piguita
a mais de 35 metros.
Festival de golos falhados
Depois do tento covilhanense a turma local parece retrair-se
e dar o domínio do jogo ao adversário.
Mas nem assim a Sanjoanense, que se diz candidata à
subida, consegue criar perigo assinalável junto
da baliza de Luís Miguel. Ainda assim, Fernando
Pires parece sentir o perigo e pede à sua equipa
para voltar a subir no terreno. Os pupilos respondem
positivamente e, dez minutos após o golo voltam
a “cair em cima” da Sanjoanense. Sem espaço
para se mover e sem tempo para respirar, os forasteiros
voltam a ver o Sporting jogar sem conseguir fazer nada
para o impedir. E em cima do intervalo quase comprometem
quando Nuno Baptista, ao desviar a bola da cabeça
de Luizinho, quase a mete na própria baliza.
Com a segunda parte começa também o festival
de golos perdidos pelo Covilhã. Luizinho, com
três ocasiões flagrantes foi o mais perdulário,
mas também Tarantini e Oliveira (duas vezes cada
um) e Káká contribuíram para a
lista de “falhanços” que, com mais
confiança e menos precipitação
poderiam ter garantido os três pontos.
Quem não falhou foi Marcos António. Entrado
já na segunda metade, o atacante sanjoanense
marcou na primeira oportunidade que a sua equipa dispôs…
aos 87 minutos. Canto da esquerda do ataque batido por
Nino, e António mais alto que toda a gente na
esquina da pequena área desvia para dentro da
baliza de Luís Miguel. O guardião serrano
redimiu-se pouco depois ao evitar o segundo golo dos
forasteiros com uma defesa de elevado grau de dificuldade
a um remate à queima-roupa de Quim Pedro. Pouco
depois, Luizinho marcaria finalmente, mas o golo seria
anulado pelo árbitro auxiliar de Sérgio
Pereira, que assinalou, acertadamente, fora-de-jogo
ao avançado serrano.
O resultado acaba por ser injusto perante a produção
das duas equipas ao longo dos 90 minutos. Mas a verdade
é que não basta criar oportunidades. É
preciso concretizá-las. E esta, já tem
sido referido nestas páginas em edições
anteriores, continua a ser a principal dor de cabeça
da equipa beirã.
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